Blog liberto a público de arte abstrata-concreta, literatura mundana, jornalismo experimental e direito cotidiano. ¡Pensare reactivus est!

domingo, 31 de dezembro de 2006

Reviagens

Tristhes Tzarismos Dada�stas

Quê, mais...?

Às vezes a gente pensa que já está sabedor de tudo, ou seja, qual sejamos nós mesmos - pontificamos como bem acabados. Se somos estudantes de universidade, quando saímos daqueles cubículos de salas de aula, alcançamos outras vias, que não apenas as do mundo surreal das teorias e apresentamos a conosco uma amostra do mundo real pelas usualidades da prática.

Nem desejo conseguir aqui desanuviar-me dessa rotina magnânima destinada aos seres, os quais de verdade nos tornamos, pelo exercício físico-mental qüotidiano. As instituições não resistiriam sem unidades de homens, mulheres, etc. A vida supera a razão e a fé e a emoção e o intelecto; não saberia explicá-lo por aqui, mas que isto há, o tenho cá por certo: existe algo além de nosso imaginável hoje!

E isto, contudo, no meu mero modo de medir o engenho social é mais plausível ainda, ponderando-se pelo mesmo caminho diverso ao qual venho me prestando nestas recentes lingüísticas, dotadas toda vez dessa "insabida faculdade" de transcrever obviedades noutro molde, averso à lógica ou quiçá até a loucura.

Por tal característico, reverencio agora, aos quem mo erem possam, o invencionismo do palpite motivado nos fatos e sustos e estalos do juízo humano; nunca, todavia, percamos de tato a razoabilidade e o saber comum normal - baliza complementante da personalidade corretaem nosso meio socializado, cívico, moral e cortês.

Assim se processa em mim o percurso da escrita, conforme o vão delírio, o qual após depurada avaliação e vivência da "mediunidade copista" me obriga a escrever, reescrever, positivamente - registrar o devaneio espiritual em algum momento inteligível. Eu ainda não respondi: - Também não sei tanto! Aliás, quê, mais...?
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segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Sobre o novo 007...




Sobre o novo 007



O filme Cassino Royale 007 é uma remodelagem para nossa época do primeiro livro a contar as façanhas desse agente secreto inglês: James Bond. Isto é, tudo concebido sob a expressividade do autor Ian Fleming e a receptividade do público britânico em meados de 1950 e, depois, pela criatividade cinematográfica de Harry Saltzman e Albert Broccoli com o aclamar da platéia internacional, após o primeiro filme embasado na obra do escritor lá por 1962 - 007 contra o satânico dr. No. A história original, de 1953, ganha relevos de produção independente, neste que é o vigésimo primeiro filme da duradoura carreira deste clássico desde a segunda metade do séc.XX. Isso porque a popularidade e o sucesso dos trabalhos com as adaptações de livros ou mesmo episódios específicos roteirizados para o cinema já renderam aos empresários um capital de giro capaz de gerar toda uma paraestrutura: media, artigos de consumo, objetos singularizados de Bond, etc; além de um aparato tecnológico eficaz e suficiente para rodar as cenas mais elaboradas do agente secreto 007: um complexo de estúdios em exclusiva finalidade à gravação da série.

A história que agora podemos assistir no cinema é o pioneiro atuar de James Bond na memória de seu criador, Ian Fleming. Aqui, vemos desde a abertura recheada de suspense (as cenas em preto e branco, os tons pesados e sombrios, os flashs e insights do próprio protagonista, entre alguns outros aspectos visuais e sonoros) realçam a tensão para que James Bond seja empossado como "00", o que na semântica do enredo quer dizer "licença para matar" no exercício de suas missões a serviço do MI-6, organização do serviço secreto britânico.

A partir da abertura oficial, com a trilha sonora após o sacar do tiro pela arma de 007, frisa-se o elemento central e guia da trama: o jogo de baralho no Cassino Royale. A montagem sempre instigante e inovadora com a temática do jogo de cartas no cassino preconiza um prelúdio tanto para o cenário ou palco da história em si, quanto a ambientação geopolítica natural da série (onde a Inglaterra é sempre observada como potência, ao menos diplomática, internacional). Tradicionalmente, esse pedaço do filme é considerado um diferencial e que caracteriza o tipo James Bond - um marco na história das películas esse início, elemento peculiaríssimo e interessante para contextualizar o filme.

Este, com certeza, é a exibição mais violenta, dinâmica e até insensível de James Bond; na gana de promoção, em virtude da elevação de estado funcional dentro do serviço secreto, ele quer mostrar atitude e absoluto controle sobre a situação à qual esteja envolvido, o domínio do fato instantâneo. mas, ainda assim, é presente o rito da complicação passional, grande e freqüente entrave no processo de amadurecimento deste personagem - um mito contemporâneo.

O desfecho impensável ou impresumível, todavia, seria o ponto importante: sugere, generalisticamente, mera pausa para o seguimento da trajetória de sir. James Bond, o agente secreto 007. Inexplicável, também, a maneira que autores, diretores, roteiristas e os atores/atrizes mesmos escolheram para reviver a narrativa de uma época tão pretérita com um viés hodierno e com traços de glamour nostálgico concomitantes. E é isto que torna este filme um reciclar e rejuvenecer da rotina perigosamente especial de James Bond: motiva-nos a imaginar o que virá depois...

João Paulo Mourão
16/12/2006
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sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Filme de James Bond : Casino Royale 007



ESTRÉIA-"Cassino Royale" dispensa efeitos e faz jus a 007
14 de Dez, Qui - 06h45
( Reuters) - Por Kirk Honeycutt

HOLLYWOOD (Hollywood Reporter) - James Bond volta a suas raízes em "007 -- Cassino Royale", no papel do assassino sociopata, determinado e incorrigível do Serviço Secreto de Vossa Majestade criado por Ian Fleming.

O filme, estréia da sexta-feira, é tão retrô que começa com uma sequência em preto-e-branco, na qual Bond conquista o status de 00 com dois assassinatos perfeitos.

Para o charmoso ator inglês Daniel Craig, o diretor Martin Campbell e os produtores Michael G. Wilson e Barbara Broccoli retomaram o primeiro romance de Fleming, publicado em 1953, "Cassino Royale" -- que já foi rodado como comédia com a participação de Peter Sellers e Woody Allen -- para recuperar as origens de Bond no que diz respeito a sexo, sadismo, assassinatos e martínis.

É um alívio que a trama fuja do abuso dos acessórios cada vez mais tecnológicos e privilegie a intriga e o suspense, trazendo personagens cheios de nuances e mulheres que acham que o órgão mais sexy do corpo é o cérebro.

Para comprovar a diferença, a primeira grande sequência de ação do filme é uma perseguição de cinco minutos a pé, embora com manobras acrobáticas que fazem lembrar os filmes de ação de Hong Kong.

O filme é, porém, longo demais, com um terceiro ato compridíssimo que leva o tempo total de exibição para 2 horas e 24 minutos. Mesmo assim, o novo James Bond deve ajudar os novatos e os espectadores antigos a redescobrir o que fazia dos primeiros filmes da série, dos tempos de Sean Connery, os melhores entre os do 007.

Já fazia um bom tempo que um filme de James Bond não era baseado num romance de Fleming. O roteiro escrito pelos veteranos em 007 Neal Purvis e Robert Wade, com a ajuda de Paul Haggis, usa muitos dos personagens, cenários e temas do livro original, apesar de eliminar as armadilhas da Guerra Fria e acrescentar celulares, computadores e o enorme banco de dados que comanda a espionagem internacional hoje em dia.

"Cassino Royale" começa com Bond passando de aspirante a assassino a assassino de verdade -- sua primeira ação, seu primeiro grande erro, sua primeira bronca de M (Judi Dench, que também parece revigorada por esse 007 mais "realista"), uma mulher para se apaixonar e um tapa na cara, tudo isso para moldar seu caráter sangue-frio para sempre. Ele é tão novato que diz ao barman que tanto faz como seu martíni seja feito.

O elenco de apoio também foi reinventado. Em vez de um megalomaníaco querendo dominar o mundo, o vilão é Le Chiffre, "a Cifra" (o ator dinamarquês Mads Mikkelsen), um banqueiro de terroristas internacionais que só está interessado em dinheiro.

A heroína é Vesper Lynd (a atriz francesa Eva Green), uma equivalente feminina de Bond -- fria, calculista, nada confiável, mas disposta a uma aventura sexual. Os diálogos entre os dois são afiados, enquanto eles se investigam.

As principais sequências de ação reforçam mais o esforço físico que os efeitos especiais. O velho tema musical de James Bond fica guardado para o final.

A fotografia de Phil Meheux e Peter Lamont aproveita as ótimas locações, de Praga a Veneza, passando pelo lago Como e pelas Bahamas. Campbell, que já havia reequipado a série quando Pierce Brosnan assumiu a pele do espião, em "007 Contra GoldenEye" (1995), faz jus à tradição bondiana.



Casino Royale
Release Date: November 17, 2006
Run Time: 2 hr. 24 min.
Rating: PG-13 - intense sequences of violent action, a scene of torture, sexual content and nudity
Cast: Daniel Craig, Eva Green, Judi Dench
Director: Martin Campbell
Genre: Action/Adventure
Synopsis: After receiving a license to kill, British Secret Service agent James Bond (Daniel Craig) heads to Madagascar, where he uncovers a link to Le Chiffre (Mads Mikkelsen), a man who finances terrorist organizations. Learning that Le Chiffre plans to raise money in a high-stakes poker game, MI6 sends Bond to play against him, gambling that their newest "00" operative will topple the man's organization. Based on Ian Fleming's novel.

Sites:
http://www.sonypictures.com/movies/casinoroyale/international/
http://www.sonypictures.com.br/hotsites/cinema/681/index.htm

Translation of Synopsis:
Ah, senhores e senhoras - me poupem desse enfadonho ato!...Porque não vão estudar e perguntem pro dicionário de inglês; será mais formativo para vocês !!!
Mas, farei uma sumapócope¨¬

James Bond 007 versus Le Chiffre, financiador de terrorismo internacional; num jogo de apostas em pôquer fatal no famoso Cassino Royale. O mais é ir lá e conferir no cinematógrafo: [M] - So..good luck, James! [J.B. 007] - Thanks, boss. So long, Money Penny!
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quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Oração aos moços e às moças

Tristhes Tzarismos Dada�stas

Prece aos adolescentes
(à maneira de Rui Barbosa, que me disciplina o juízo e inspira sapiência)

Meus e minhas estimáveis convivas, adolescentes da praça, do bosque, da festa e da academia!
Com grande alegria e respeito lhes devotarei algumas frases de inspiração para a vida adiante, a qual
nos espera e/ou é esperada por nós - escolha seja feita ao destino que nos for propício e almejado.

Uma existência humana materializada em sua concretude, enquanto tida por tal modo única, é oportunidade singular neste planetóide. Meu conselho, meu recado para todos nós é seguir a consciência
e o sentimento moral - que o direito, a ética e o costume benéficos logo seguem. Aliás, conforme
conversado em diversos colóquios e pelos convívios em que estive atenciosamente presente fez-se me
esta provada convicção: o ser humano nasce puro de bondade e de maldade; a criação, a formação, o
relacionamento e as influências dos outros é que de certa forma o impregnam ou habitam a mente e a
conduta.

Logo, aproveitem o mundo, o momento e o local livres para se dedicarem ao equilíbrio, à sabedoria,
misericórdia e fraternidade (não só em ocasiões propagandeadas pela mídia ou por iniciativas
circunstanciais transitórias), que a adolescência é o ápice, o cume e o topo da vida dum ser humano, é
seu divisor de fases, de gerações e de eras. Seja você mesmo, mas observe o que há à sua época, ao seu
derredor e aprenda com esses caracteres a ser um a mais, não apenas mais um.

Alguns palavernáculos seletos para cativar em vós excelentes ideais e atitudes:

"E que as crianças cantem livres sobre os muros; (...) E que o passado abra os presentes pro futuro!

Que não dormiu e preparou, que não dormiu e preparou: o amanhecer, o amanhecer, o amanhecer!

(Taiguara)"

"Não há nada como o tempo para passar! (Vinícius de Moraes)"

"Passaram-se as horas, só não passaram os sonhos; tão reais que até parecem realidade... (Portinari)"

"Eis o trabalho como o eu amo, como o eu senti, como é mister, para regenerar o homem, para

transformar os povos, para criar os moços. (Rui Barbosa)"

JotaPê
13//12//06

Amar ao próximo como a ti mesmo; respeitar ao outro como a si próprio; lutar pela paz, embora seja tese paradoxo ou justapor pareça antítese, assim é que se faz síntese na práxis...
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sábado, 9 de dezembro de 2006

A política e o ser político

De um amigo recebi a seguinte exposição sumária para a crônica de costume:

"Aproveito a oportunidade para deixar um tema para reflexão:Diante da reeleição de políticos envolvidos em escândalos de corrupção em nosso país na última eleição,como está o desempenho de nossa justiça eleitoral e do próprio congresso nacional?Te lanço tal pergunta porque a sensação que tenho ao ler os jornais é que tenho em meu rosto um enorme nariz de palhaço que tento retirar todos os dias e
não consigo,como se ele já estivesse incrustado em minha pele!!!!"


A política e o ser político

Ao avaliar a mensagem exposta e bem delineada pelo colega, percebo que seria tentador a mim concordar em repudiar o escandaloso momento político nacional, inclusive corroborando a crítica e a sensação de apalermamento de nós como eleitores que somos.

Acredito porém que a insatisfação tem de ser manifesta não apenas no nível ideal, ou teorizador da coisa; precisamos mobilizar esforços de forma concreta e materializar nossa ojeriza política e o descontentamento do aparato institucional-governamental, a máquina pública (hoje também muito privada, o que a tornará em breve um vaso de privada mesmo...) com atitudes sérias, coordenadas, envolventes e organizadas para impor respeito permanente à cidadania, à democracia, à dignidade e à igualdade de
condições (diversa esta daquela utópica isonomia total, que algumas vezes usamos por força da expressão mas que seria até ilegal e ilógica se a entendêssemos como bons filosofos que somos; e nisso é bom que se apluda - viva o inteligente povo brasileiro, aquele que luta, trabalha, produz e investe no nosso país, em nossa esperança de vida humanamente correta, distantemente dos ociosos e lacunosos "aspones" que vira-e-mexe assombram, surrupiam, machucam, maculam numa sem sentimental vontade de
fazer mal e continuar o mau-caratismo de corruptores, quadrilheiros de colarinho branco e donos da comunicação marrom) de acesso à justiça e obedecimento civilizadoao que for decidido por bem estar geral da população e votado em conjunto, no que respaldados estamos pela nossa Lex Máxime a Constituição da República Federativa do Brasil desde 1988; isso tudo embasa apenas o que direi aqui em palavras mais triviais e não menos sutis, ou vantajosas: só se pode ser cidadão quem faz valer a sua própria publicidade e a dos outros, a sua comportabilidade e a de outrem, o seu intuito direcionado para o correto e justo proceder e o dos demais...a isso se chama politização, o animal humano é político muito antes de o grego Aristóteles tê-lo mencionado em sua obra homônima; a questão da politicidade ser questionada, para se chegar à sua concepção, definição e efeitos também já é matéria de há muito transcrita em literatura de bolso até, como a do profº e escritor baiano João Ubaldo Ribeiro, dentre outros. O que me importa e interessado estou em fazê-lo haver e agir é fazer meu papel, cumprir minha parcela e efetivar meus princípios no dia-a-dia, sem mais nem poréns. Vírgula
faço: esse meu comportamento e movimentação em prol do coletivo, da popularidade para as vocações comuns, não tem nada de pessoal, nada de ficcional; isso advém de necessidade do todo, da esfera pública mesmo.. pois não sou nem serei o único a defender a paz, o amor, o progresso, a ecologia, a justiça, enfim, todos os característicos de plenitude e desenvolvimento humano salutar, harmônico, equilibrado, preciso.

Bem, findarei aqui este micro ensaio mais para crônica corrida com palavras de ordem e progresso: o Conselho Nacional de Justiça, o Supremo Tribunal Federal, o Superior Tribunal de Justiça, O Ministério Público, a ordem dos Advogados, além de todas as demais esferas organizadas política, civil ou não-governamentalmente para o fim da vontade geral de um contrato social, de um acordo de interesses, do melhor para a vida em último grau - eis que antes de haverem essas fantasias, esses seres inanimados, esse montão de regulamentos, ditames e preceitos...havemos nós, povo, pessoa, ser humano! E que um pensa, dois comunicam e mais de que três já iniciam qualquer natureza de mudança grupal. O que nos falta é ter. querer e atuar manifestamente em defesa de nossas convicções e acusação de erros que alguns teimam em repetir. E a tradição do pensamento diz que um mesmo erro só reincide se há negligência e permissionismo apático dos componentes do conjunto, do tecido, da multidão. E quando digo que sou apolítico, refiro-me a siglas de partidarizações radicais isoladas e sentidos exageradamente unilaterias que por aí eclodem, por acolá esbanjam, por todo tempo e lugar pipocam.

Prefiro assegurar e evoluir na minha opinião confraternizante de plausíveis resultados ao público, inclusive a mim, de que repetir ou aceitar o que outros manda-chuvas falsários e poluídos me imponham sem reflexão, sem consideração e respeito democrático-anárquico pelo resto, pelo que pensam os demais que o valham saber e dialogar.

JotaPê
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quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

Da cova para a manjedoura : a poesia dos vivos!

Tristhes Tzarismos Dadaístas

Minha sociedade de poetas vívidos e vivazes

Quem dera eu fosse o "Newanda" de tal Sociedade dos Poetas Mortos! Um autêntico caráter dentre aqueles encaminhados jovens pré-caretizados para uma facudade, universidade ou cátedra da corriqueira sociedade ocidental post mortem modern!

Mas, não...oh, captain, my captain! Eu queria viver um pouco mais, se é que é-me assim conseguível!
Ah, Dead Poets Society: agora sei bem porque assim te chamam...Ou teus poetas de ontem hoje lidos se foram pela morte fácil ou suicidaram-se ante tamanha hipocrisia!

Não, não desejo; mas, sim, de qualquer modo choraria e sorriria por vós, oh, dear me friends, me friends of job, del oficio peligroso de amr la vida!

Pois que, já dissera joaquín Gutierrez em seu Cocorí, dos telhados de palha latino-americanos: Nossa vida é tal uma rosa, a cuja vida são como horas em um dia passadas! Carpe Diem, diz o teacher norte-americano: até ele, soube disso!

Vocês, não....não quero que sejam poetas mortos, nem deixarei de admoestar e exultar a serem apenas vivos poéticos! Não aproveitem o dia apenas, saibam que o aproveitam, e o amem como àquela rosa que desabrocha, morre e renasce se regada for...

JotaPê
06/12/2006
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segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

Inspirataria poética

Tristhes Tzarismos Dadaístas

Soneto Frívolo à Imaginariedade Criativa

Nunca soube tocar instrumentos, nem escrever letra de música.
Mas gosto de assobiar e cantar o que é dos outros, até com as fitas cassete, vinis e compactos discos.
Nem sempre desenho gravuras, nem mesmo consigo filmar meus documentários.
Mas adoro aquarelar e pinto tal arco-íris, além de dependurar fotos e guardar fitas de vídeo.

Estudo os inventos e novidades alheias por tempos vindos desde infantil estado.
Brincadeiras e improvisos começo sem saber donde ou um porquê.
Comento os trejeitos e dimensidades d'outros por espaços idos para juvenil portado.
Baboseiras e curiosismos expeço em verter onde ou o pra quê.

Aversidade de fórmula, preconizações e escolares ritos.
Impulso ao prazer do amor e do puro inspirar artístico.
A magia do momento em reflexão corroborante ao conjunto.

Reversidade de vércula. premonizações e regulares atritos.
Expulso ao jazer do rumor e do impuro aspirar autodístico.
A orgia do intento em inflexão conspirante ao disjunto.

JotaPê
03/12/2006
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quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Blogspirit



Revolução de Matrix - a filosofia e a tecnolingüística plugged

Digitalizar pensamentos é configurar ondas grafaudiosivuais.
Estribilhar o pré-verso a ecoar nas cavernas da mente hinária.
Resposta auto-complementar ao mecanismo natural técnico: eletronicanedota.
Bússola para escripturações post-vitae da Infomarulhada.

This is an "Auto-message" for yourselves
(Esta é uma auto-mensagem para vocês)
Manuscript mode
Emoticons padrão
Microfone ativo
Web Cam ligada
Conversations links

You have received messages while you were offline
(Você recebeu mensagens enquanto estava fora da linha)

Mas, não, não te quero mais - ó virtual i-mundo;
tuas páginas de teia, teus códigos fonte, protocolos de interrede, teus roteiros

de senha passagem....
minhas pálpebras pesaram, a pele é frágil e danificável, o olhar esmorece, o

inspiro seca, a mente apaga;''',.,.,. a vida morre.

Adeus pseudomundo,
De volta à Terra dos Humanos,
Desliga, câmbio final.
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sábado, 18 de novembro de 2006

Física Social na jus science

Tristhes Tzarismos Dada�stas

Neo-antropologia jurídica

Para quem imagina que o Direito está restrito aos códices, vade mécuns, doutrinas e jurisprudências, eis uma apreensão completamente anversa, assim um vórtice conceptual o que imagino; pois eu acredito (e para pensar nisto me amparo em jusfilósofos como Miguel Reale, o velho mestre de campis fecundos na USP e UNB) que as ciências jurídicas extrapolam as leis, as decisões, as execuções e teorizações estanques;pra mim os costumes, as ocorrências, os princípios e as práticas corriqueiras são também fonte de elaboração, projeção, aplicação e interpretação do fenômeno jus.

Não obstante o aparato positivista seja imprescindível na realização uniforme ou eqüânime da legislação vigorante, as micro-esferas de poder, de convivência e de socialização já demonstram profundos engenhos em seu seio no mister de burlar essa buro-tecnocracia judicial. Nas favelas, nos subúrbios, nas vilas e bairros desassistidos pelos macro poderosos há, porque não afirmar, uma para-instância de decisão, de ditação das normas daquela comunidade ou grupo de pressão não
inserido ou atendido junto às demandas das outras classes distingüidas dentre o todo humano citadino ou rural civilizado por algum sistema governativo. Além do quê, há indivíduos em cada camada sócio-econômica formando opinião, ditando regras consuetudinárias ou modísticas a todo instante: basta acessar aos mídia - ouvir o rádio ao acordar, folhear um jornaleco impresso
pela iniciada manhã, assistir a um comício ou uma assembléia de reunião no serviço, ver o noticiário da tevê durante o almoço e acessar à internet antes de dormir... a rotina jurídica em generalizada aferição de condutas do cidadão médio brasileiro é essa!

Desde cedo, quando criança (muito embora sem me dar ciência disto) no colégio somos ensinados a seguir a cartilha de moral e civismo, da organização social e política brasileira (a inquerida OSPB de uns, a exemplar OSPB de outros) e do conglomerado de simbologias nacional-patrióticas. Todavia, muito ou pouco de nossa adolescência houvera contemplado esse cenário de papéis e sermões - muito ao contrário: a juventude pós-1988 transfigurou a ordem anterior e depôs um regime autoritário - que se no texto legal constituído havia sido desmantelado, na mundana realidade permanecia intocável. Fora preciso um movimento social massivo e informal, mas nem por isto ilegítimo ou ilegal, para construir novas formas de perceber e interagir no ínterim e âmago do Estado Democrático de Direito implantado após a abertura política e econômica, a perestroika-glasnost tupiniquim.

Em tal circunstância, hoje uma garotada está ameaçadoramente atingindo patamares de conhecimento eclético e ativismo cultural tão ou mais refinados que aqueles doutros instantes históricos para a afirmação de políticas públicas e reformas revolucionárias pelas ruas e campos do Brasil após a Proclamação da República. Isso nos proporciona oportunidade de reconhecer neles a tendência à mudança de paradigmas, de scripts hegemônicos, de bulas e tabus antiquados do século passado; a partir desse enfoque, espreitamos o momento de presentificação das relações em termos de "globalização periférica", ou seja, um mecanismo de inversão do sentido de movimento das bases para o topo, das classes subterrâneas e rasteiriças a afrontar
ou estremecer o conjunto das metediças, altivas e superiores outras do piramidal modelo de análise sociológica (a estratificação por camadas e classes, burguesia e proletariado, superestruturas, intermediadeiras classes médias e infra-estrutura, não está superada, mas rejuvenecida e reciclada em outras medidas e métodos...).

Afinal, o que se pode dizer é que um emaranhado de distorções ou novidades para os moldes prioristicamente imaginados por nossos legisladores terminarm por redundar em erros ou fracassos da ordem legalista; isto não por má intenção ou vinculação cega, surda e muda do lavrador da norma jurídica constitucional e seus infra dispositivos. O que percebemos é a virada de pensamento e, por conseguinte, do comportamento na sociedade mundial e na brasileira.

A vivência precede a experiência, isto é, não há algo tão perene e definitivo que resista ao dialético modo de ser humano pós-moderno. O new deal brazilian case expressa atualmente o ideário de informações velozmente transformáveis, superáveis e difusíveis.

De modo tal qual esse apercebimento me é tido por plausível que afirmo e confirmo para vós que o nova ordem é cada indivíduo no seu hábitat, adaptando dito popular vulgar que dizia "cada macaco no seu galho" (ora afinal, segundo a ciência, viemos daquele tronco genealógico!). Mas esse conceito está formulado assim por existir uma relação entre a evolução natural com a
social; destarte, a maneira como os seres pensantes determinam jeitos de viver em comum é um produto de seu tempo, de seu espaço e de suas condicionantes outras, mister seja a cognoscitiva ou educativa.

Aí embaixo indicações de páginas internáuticas que trazem recentidades sobre o Direito no país, casos, pendengas e debates acadêmicos e/ou forenses.

Jota Pê :-/#

www.diariodenoticias.com.br
www.conjur.com.br
www.jus.com.br
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quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Vagas ociosidades mentais

Tristhes Tzarismos Dada�stas

Relato Comunicológico

A palavra é meu dom pela vida afora. Sem essa, creio que o mundo e a humanidade nem

poderiam estar assim como hoje estão. Não seriam, também, a linguagem e a expressão tão

completas: faltar-lhes ia um quê de haver o qual lhas pudessem explicar por instrumento simples

e comunicável generalisticamente - o alfabeto, suas sílabas, seus sons, suas grafias, as

primordiais construções morfológicas, sintáticas, semânticas, estilísticas e léxicas...
O texto é nosso labutar pela significação. Dar significados para a essência dos

objetos, seres e coisas ou fenômenos do algo sensível; para a existência nossa mesma e de

nossos convivas enquanto criações de tal iguala e criaturas de tão saber. Entonação dum

espetacular ciclo hereditário vital, de cuja sorte ninguém pôde descobrir ainda razão ou modo

algum para evitar término; aliás, há talvez um jeito de morto viver - que é ter se

personalizado pelas linhas de uma obra.
A conversação e a escritura são dois métodos de uma relação matriz a qual chama-se por

aqui, ali e aí de civilização ou humanização. Sem essas marcas nunca nos perceberíamos ao longo

do tempo histórico e do espaço geográfico, assim como da memória psíquica e da cultura

antropológica. Documentos, das mais variáveis dimensões e/ou formatações nada representariam

sem o mínimo duma explicação falável e escrevível, legível.
Portanto, quando hei eu despertado ao amanhã ou adormecido hoje, posso pensar em

lembrar do ontem, anteontem, tresanteontem ... e aí revivenciar imaginariamente o hojeístico,

até por fim calcular e projetar o providencial porvir amanhã, depois de amanhã, depois de

depois de amanhã ... pois, ao apresentarmos esse característico auto-discursivo e então

transmissível pelas gerações das gentes, ah!- revelar-nos-emos agora civilizados, já os seres

humanóides, práxicos dos símbolos únicos em nosso percurso de espírito: palavra.

João Paulo Santos Mourão
11/11/2006
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sábado, 11 de novembro de 2006

Literariedades: 1964-85

Tristhes Tzarismos Dadaístas

LINGUAGEM E DISCURSO
I Encontro Lingüístico e Literário do Mestrado em Letras
CCHL-UFPI 06 a 08 de Novembro de 2006

Palestras: Literatura e arte nos anos de chumbo

Palestra 1 - Viés ideológico no texto literário
(Profº Saulo Cunha Brandão)

Pierre Zima:
Análise lexicométrica, semântica, sintática e narrativa do texto literário
Guy de Maupassant:
Análise semiótica
Greimas:
Quadro actancial [Destinador/objeto/destinatário/adjuvante/sujeito/oponente]

Alusões: Análise estruturalista - artista político

Palestra 2 - Forma do texto literário para afrontar a ditadura
(Profª Ana Maria Koch)

- Constituição do enredo: literatura de afrontamento satírico
- Subordinação das vontades individuais a um poder moral, ao programa ditatorial
- Presença da linguagem coloquial rural e urbana
- produção artística satírica adversa ao Estado repressivo
- Sobreposição de sentido para definir conteúdo
- Inserção de informação e de juízo sob formulação alegórica
- Intexto-intextualidade "entrelaçamento, tecer para dentro"

Palestra 3 - Artisticidade no período da censura
(Profº Edwar Casteo Branco)

1ª via Anos de Chumbo X 2ª via Anos Rebeldes
Lirismo alienado diferente de revolução combativa
3ª via Anos Transbunde libertário
Novo acordo tácito com o público
- novos instrumentos de linguagem artística
- novos tempos verbais presentificantes
- implicar, até complicar significantemente

Michel Pechet
Tripé:
Teoria das ideologias (marxismo-althousserrismo)
Teoria lingüística/discurso
Teroria subjetiva/psicanalítica

Foucault: "Esquecimentos"

1) Ilusão do sujeito centrado em si esmo - sujeição
2) Ilusão do sujeito falante - subjetivação

Assunto-espelho
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quinta-feira, 2 de novembro de 2006

Lex Civitatis & Jus Gentium

Tristhes Tzarismos Dadaístas

Deontologia da Democracia Brasileira Constituinte

Os dez anos da urna eletrônica nas votações e os dezoito da promulgação constitucional vigente na República Federativa do Brasil

[Até hesitante decisão, decidi-me por tecer alguns opiniosos comentários sobre um tema conturbado: a democratização nacional]

Desde 1996 o Tribunal Superior Eleitoral utiliza da urna eletrônica no pleito brasileiro e em 2006 faz já uma década desta invenção no cotidiano dos votantes (inclusive em referendo popular recente).

A comunicação e o treinamento nessas máquinas por parte da Justiça vem se renovando, ampliando em cada nova eleição e os pleitos já realizados efetivamente que revelam algumas falhas, as quais vão se corrigir numa gradativa evolução. Contudo, temos de convir que, pelas vezes e resultados havidos, o método e a técnica afirmam-se.

Neste pontual aspecto, o Brasil é protagonista de 1º mundo: as apurações que antes eram feitas por intermédio de urnas de madeira, ferro ou lona hoje já são efetuadas em aparelhos computadorizados de plástico, vidro e metais modernos; tendo, por isso também, minimizado o período de tempo precisado para a contagem e organização dos boletins e totais de votos exercitados pelos cidadãos.

Por sua posição, a Constituição Federal de 1988 (apesar das emendas e remendos às suas feições
originárias) é-nos agora apresentada aos 18 anos de maturidade legal: hoje é mais lida, comentada e estudada; todavia, pouco sabida, executada e entendida pelos nossos temporários representantes e em nossos espaçados episódios de expressão geral perante tal contrato jurídico-social. Então ocorre este contrasensual, conjuntural e cognoscível estado de entes público-privatísticos.

A vida civilizada brasileira é um arremedo de ordenamento; uma mentira proveniente do jeitinho
corrupto de sermos. Pois que é dever de todos e direito de tudo aprendermos a consciamente habituar e corriqueiricizar atitudes sérias, convenientes, ordeiras e progressistas - no mínimo naquela esfera de ação pública, de reflexão coletiva; enquanto noutro ambiente de intentos personalizados, saibamos que moral é semelhante ao gosto: varia de cada um a cada qual.

Leitura, engajamento, autonomia e luta...são pedaços de uma constante persecução do bem comum, da vontade geral; mas além e adicionáveis a esses: comunicação, princípios, respeito e paz.

A nossa Carta Máxime de Justiça é, sim, texto repleto de cidadania, cultura, democrativismo, etc. Ora, mas de que servirá ela se nossos sentimentos e atitudes não puderem estar capazes de seguir-lhe e realizar-lhe?! É preciso, meus e minhas colegas, letras e fatos contígüos para haver a Lei!

JotaPê
out/nov 2006
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sexta-feira, 27 de outubro de 2006

Época de ouro da música popular brasileira: 1940-50 plus




Eis agora mesmo então os compositores eloqüentes do velho paisagístico amalandrado carioquista: Angenor de Oliveira, o Cartola, e Ary Barroso:

Alvorada
Cartola
Composição: Indisponível

Alvorada lá no morro, que beleza
Ninguém chora, não há tristeza
Ninguém sente dissabor
O sol colorindo é tão lindo, é tão lindo
E a natureza sorrindo, tingindo, tingindo
( a alvorada )
Você também me lembra a alvorada
Quando chega iluminando
Meus caminhos tão sem vida
Mas o que me resta é tão pouco
Ou quase nada, do que ir assim, vagando
Nesta estrada perdida.

****

Acontece
Cartola
Composição: Cartola

Esquece o nosso amor, vê se esquece.
Porque tudo no mundo acontece
E acontece que eu já não sei mais amar.
Vai chorar, vai sofrer, e você não merece,
Mas isso acontece.
Acontece que o meu coração ficou frio
E o nosso ninho de amor está vazio.
Se eu ainda pudesse fingir que te amo,
Ah, se eu pudesse
Mas não quero, não devo fazê-lo,
Isso não acontece.

¨¨¨¨

O Mundo é Um Moinho
Cartola
Composição: Cartola

Ainda é cedo amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora da partida
Sem saber mesmo o rumo que iras tomar

Preste atenção querida
Embora eu saiba que estás resolvida
em cada esquina cai um pouco tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és

Ouça-me bem amor
Preste atenção o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões à pó

Preste atenção querida
Em cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavastes com teus pés

%%%%

Disfarça E Chora
Cartola
Composição: Cartola,Dalmo Castelo

Chora, disfarça e chora
Aproveita a voz do lamento
Que já vem a aurora
A pessoa que tanto queria
Antes mesmo de raiar o dia
Deixou o ensaio por outra
Oh! triste senhora
Disfarça e chora
Todo o pranto tem hora
E eu vejo seu pranto cair
No momento mais certo
Olhar, gostar só de longe
Não faz ninguém chegar perto
E o seu pranto oh! Triste senhora
Vai molhar o deserto
Disfarça e chora

####

O Sol Nascerá
Cartola
Composição: Cartola

A sorrir
Eu pretendo levar a vida
Pois chorando
Eu vi a mocidade
Perdida

Fim da tempestade
O sol nascerá
Fim desta saudade
Hei de ter outro alguém apara amar

A sorrir
Eu pretendo levar a vida
Pois chorando
Eu vi a mocidade
Perdida

@@@@

Quem Me Vê Sorrindo
Cartola
Composição: Cartola e Carlos Cachaça

Quem me vê sorrindo pensa que estou alegre
O meu sorriso é por consolação
Porque sei conter para ninguém ver
O pranto do meu coração

O que eu sofri por esse amor, talvez
Não compreendeste e se eu disser não crês
Depois de derramado, ainda soluçando
Tornei-me alegre, estou cantando

Quem me vê sorrindo...

Compreendi o erro de toda humanidade
Uns choram por prazer e outros com saudade
Jurei e a minha jura jamais eu quebrarei
Todo pranto esconderei

Quem me vê sorrindo...

$$$$

As Rosas Não Falam
Cartola
Composição: Cartola

Bate outra vez
Com esperanças o meu coração
Pois já vai terminando o verão, enfim

Volto ao jardim
Com a certeza que devo chorar
Pois bem sei que não queres voltar para mim

Queixo-me às rosas, mas que bobagem
As rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti, ai

Devias vir
Para ver os meus olhos tristonhos
E, quem sabe, sonhava meus sonhos
Por fim

§§§§

Aquarela do Brasil
Ary Barroso
Composição: Ary Barroso

Brasil, meu Brasil Brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
Ô Brasil, samba que dá
Bamboleio, que faz gingá
Ô Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor
Brasil, Brasil, prá mim, prá mim...
Ô abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do serrado
Bota o rei congo no congado
Brasil, Brasil! deixa cantar de novo o trovador
A merencória luz da lua
Toda cação do meu amor...
Quero ver a Sá Dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado
Brasil!... Brasil! Prá mim ... Prá mim!
Brasil, terra boa e gostosa
Da moreninha sestrosa
De olhar indiferente
Ô Brasil, verde que dá
Para o mundo admirá
Ô Brasil, do meu amor
Terra de Nosso Senhor
Brasil,...Brasil! prá mim!... prá mim
Ô, esse coqueiro que dá coco
Oi onde eu armo a minha rede
Nas noites claras de luar, Brasil... Brasil,
Ô oi estas fontes murmurantes
Oi onde eu mato a minha cede
E onde a lua vem brincá
Ôi, esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil Brasileiro
Terra de samba e pandeiro,
Brasil!... Brasil!

&&&&

Isto Aqui, O Que É?
Ary Barroso
Composição: Ary Barroso

Isto aqui ô ô, É um pouquinho de Brasil, iá iá

Desse Brasil que canta e é feliz, Feliz, fe- liz
É tam- bém um pouco de uma raça,

Que não tem medo de fumaça ai, ai, E não se entrega não

Olha o jeito nas cadeiras que ela sabe dar,

Olha só o remelexo que ela sabe dar

Olha o jeito nas cadeiras que ela sabe dar,

Olha só o remelexo que ela sabe dar

Morena boa que me faz penar,

Poe a sandália de prata, E vem pro sam- ba sambar.

Morena boa que me faz penar,

Poe a sandália de prata, E vem pro samba sambar.
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domingo, 22 de outubro de 2006

Época de ouro da música popular brasileira: 1940-50




Nesta primeira seqüência de letras musicais, os camaradas dos tempos modernos na cidade metropolitante de São Paulo:

O Ébrio

Tornei-me um ébrio e na bebida busco esquecer
aquela ingrata que eu amava e que me abandonou
Apedrejado pelas ruas vivo a sofrer
Não tenho lar e nem parentes, tudo terminou
Só nas tabernas é que encontro meu abrigo
Cada colega de infortúnio é um grande amigo
que embora tenham como eu seus sofrimentos
me aconselham e aliviam os meus tormentos
Já fui feliz e recebido com nobreza até
Nadava em ouro e tinha alcôva de cetim
E a cada passo um grande amigo que depunha fé
e nos parentes confiava, sim!
E hoje ao ver-me na miséria tudo vejo então
O falso lar que amava e que a chorar deixei
Cada parente, cada amigo era um ladrão
Me abandonaram e roubaram o que amei!

Falsos amigos eu vos peço, imploro a chorar
Quando eu morrer à minha campa nem
uma inscrição
Deixai que os vermes pouco a pouco venham
terminar
este ébrio triste e este triste coração
Quero somente que na campa em que
eu repousar
os ébrios loucos como eu venham depositar
os seus segredos ao meu derradeiro abrigo
e suas lágrimas de dor ao peito amigo

Autoria: Vicente Celestino

Lançamento: setembro de 1936

Patativa
Vicente Celestino

Em B7 Em E7
Acorda patativa vem cantar
Am Em
Relembra as madrugadas que lá vão
B7 Em
E faz de tua janela o meu altar
Gb7 B7
Escuta a minha eterna oração


Em B7 Em E7
Eu vivo inutilmente a procurar
Am Em
Alguém que compreenda o meu amor
Am Em
E vejo que é destino o meu sofrer
Gb7
É padecer não encontrar
B7 (Em B7 Em)
Quem compreenda o trovador



E B7 E
Eu tenho n?alma um vendaval sem fim
B7
E uma esperança que hás ter por mim
O mesmo afeto que juravas ter
E
Para que acabe este meu sofrer


B7 E
Eu sei que juras cruelmente em vão
Db7 Gbm
Eu sei que preso tens o coração
Am E
Eu sei que vives tristemente a ocultar
B7 ( E B7 E)
Que a outro amas sem querer amar


Em B7 Em
Mulher o teu capricho vencerá
Am Em
E um dia tua loucura findará
B7 Em
A Deus, a Deus minh?alma entregarei
Gb7 B7
Se de outro fores juro morrerei


Em Am B7 Em
Amar que sonho lindo encantador
Am Em
Mais lindo por quem leal nos tem amor
Am Em
E tu vens desprezando sem razão
Gb7
A mim que choro e busco em vão
B7 Em
O teu ingrato coração

--------------------------------------------------------------------------------

Boêmio demodé
Nélson Gonçalves

F C7
Vou fazer uma seresta
F
Moderninha como o quem
C7
Misturar os tratamentos
F
Juntar o "tu" com "você"
C7
Eu não quero que me chamem
F
Um boêmio demodé.

C7
Com acordes dissonantes
F
Sem marquise, sem calçada
C7
Sem vulto de mulher amada
F
Na penumbra do balcão
C7
Seresta ultramoderna
F
Sem viola e violão

C7
Minha seresta
F
Nâo terá pinga na rua
C7
Não terá luar nem Lua
F
e nem lampião de gás
C7
Porque a lua
F
Nestes tempos agitados
C7
Já não é dos namorados
F
Romantismo não tem maís

C7
Minha seresta
F
Nesta era espacial
C7
Vai-se tomar imortal
F
Na voz daquele ou daquela
C7
Minha seresta
F
Vai ganhar placa de bronze
C7
Pois nem mesmo a Apollo 11
F
É mais moderno que ela.


A volta do boêmio
Nélson Gonçalves

Am Am/C Dm
Boemia, aqui me tens de regresso
Bm7/5- E7 Dm E7 Am Dm E7
E suplicante te peço a minha nova inscrição
Am Am/C G
Voltei pra rever os amigos que um dia
F F7 E E7
Eu deixei a chorar de alegria, me acompanha o meu violão
Am Am/C Dm Dm/C
Boemia, sabendo que andei distante
E7 Dm E7 A7 A7/4 A7
Sei que essa gente falante vai agora ironizar
Dm Bm7/5- E7 Am Am/C
Ele voltou, o boêmio voltou novamente
Bm7/5- E7 Am F E
Partiu daqui tão contente por que razão quer voltar
Am Am/C G
Acontece que a mulher que floriu meu caminho
F F7 E E7
De ternura, meiguice e carinho, sendo a vida do meu coração
Am Am/C G
Compreendeu e abraçou-me dizendo a sorrir
F F7 E E7
Meu amor você pode partir, não esqueça o seu violão
Am Am/C G
Vá ver os teus rios, teus montes, cascatas
G7 F F7 E A7/4 A7
Vá sonhar em nova serenata e abraçar seus amigos leais
Dm Dm/C E7 Am
Vá embora, pois me resta o consolo e alegria
Am Am/C Bm7/5- E7
De saber que depois da boemia
F7M Bb7M E7 Am
É de mim que você gosta mais
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sexta-feira, 20 de outubro de 2006

Dia do poeta

Tristhes Tzarismos Dada�stas

Auto-comemorativo

Quem sois vós? O que é que fazeis?
Sois poeta ou poetisa! Fazeisa língua reviver!
Escrever, essa é sua verdade. Pensar, sua vontade.
Debalde teimam-lhes insônias, enxaquecas, chagas, dores, males; em cada tecitura brotam-lhes belezas, fantasias, maravilhas, sublimidades, júbilos.
Teus temas prediletos: o amor, a natureza, a mulher, a própria vida e escrevedura. Tantos...sempre há algum. Alguém que nos leia, isso é até confuso afirmar, mas - ora, convençamo-nos - há gente para ler poesia também.
O nosso ofício é semelhante ao dos palhaços, dos atores, dos cantores, dos pintores, dos dançarinos, dos contadores de estórias, ... conquanto seja até em às vezes sentidos mais uma miscelânea de cada coisa dessas, nos limites da linguagem por escrito, verbal.
Demo-nos, porventura, estes congratulatórios; porque o que nos fora presenteado como dom é para ser em prol dos que se prestam a ler, encucar, decodificar significações as quais lhes desejarem e cuja finalidade seja o apuro da razão pela emoção, então ainda da alfabetização artística pelo atento leitor com palavras, o que é senão luta com o próprio povo.
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quinta-feira, 19 de outubro de 2006

Piauís

Feriado no Dia do Piauí - 19 de outubro

Piauienses: nossa pátria embandeirada hoje neste Estado é.
De boiada em boiada achegou-se a nós algum progresso póstero talvez.
De luta inisonômica entre peões do mato, vaqueiros de currais, lavradores de eiras e artesãos da vária fauna-flora engendrastes com fervor de águas sob sóis os restos de seres humanos, de fazer ter jus à província para os seus mesmo, ante absolutisado governo metropolitano luso.
Com o encanto pela cana de açúcar em pães agridoces, as hortifrutas dos cerrados no trópico bêerreobradas, além dos relorotados contos agropecuariextrativos natos; fez-se no curso de algumas épocas e por alguns sítios, campinas, margens, pastos, teu cantado e exaltado rumo.
No passar de gentes civilizadas, sistemas de mundo e figuras de estilo vais te camuflando, metamorfoseando e evoluindo gradativo, precavido, à sombrinha, sem pompas.
As cidades, os interiores, todo o povo que te conhece: querem-te em bem aventuranças, em ascendência. Quem nos viu lutar unidos, vê e verá; nos ouviu marchar ordenados, ouve e ouvirá; nos aspirou suar encampestrados, aspira e aspirará; nos sentiu vibrar amados, sente e sentirá.
Num presságio alhures ou num sonho qualquer, penso que o Piauí não é feito só de rios, dunas, pedras, serras, chapadas, campos,..nem tampouco fazendas, igrejas, praças, ruas, edifícios, comércios...
A tua personalidade enquanto parte duma nação, de povo e população autônome, singular, insígne e labutante é-lhe carácter diferenciante, dentre o emaranhado de outros que faz parte de tamanho país. Sem forçada expressão, você encarna e espiritualiza um destino, um provérbio quotidianizado: lutar pela livre vida, pelo arbítrio subsistível; daí te susténs a existência toda.
(...)
Que nos faltem conhecimentos e viagens por ti, isto é correto alembrar-me. Por todavia, inaprovo gente de fora ou forasteiros adentrados quererem dividir-te em Gurguéia e Piauí: pois se não fora através daquela luta unir teu desejo ideal e realizar tanta constituição, de atos e de justiças, para agora desmancharem-no?!
Isso é de uma mesquinharia, de um zé povinhismo travestido pelos hipócritas intrusos que chega a tremelicar nossos punhos para outra luta, agora também moral e vernacular! Que eles, se burlam a lei instiucional, saibam o qüão atocaiados poderão ser, só o que tenho a declarar.
JotaPê
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domingo, 15 de outubro de 2006

Tristan Tzara possessuído em mim


Dadaísmo personalizado:
O discurso do método apoteóptico matrixiano

sim problemas da softwarenet interconexion
mas, a vida é plena, nunca sobeja para os que a sovinam!
só basta para quem extrapola-a!
esquece, trosvarios
é que procuro um método dadaísda de escrever;
a ordem, a lógica não importa;
o mister máxime é misturar o que pintar,
que vier mesmo da idolatraria animaquinal.
O método é desencaminhado assim:
pegue um punhado de mundo,
misture com um farto bocado de imaginação,
recheie com duas camadas
em mosaico de bastante emotividade
com racionalismo ilustrado
decorado pelas figuras: estilo, textropos, sotaque e linguagem;
polvilhe com pitadas do acauso, iluminárias, modismos e neologísticas.
Ah, para findar o começo: semantelexemas, vocábulos e morfossintaxes à compugosto.



JotaPê
15/10/2006
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sábado, 14 de outubro de 2006

Exercício de Classe para a casa acadêmica - Lições para o mundo em aula de poesia e português

Preâmbulo

Ao tempo em que cumprimento todos os profesores na figura de meu austero mestre hodierno, Machado de Assis, propusera-me eu a exercitar o que estivera por ele sugerido na lição descrita pelo capítulo homônimo ao título que segue, de cuja obra (também explicitada) se requer aqui preliminar leitura. Parabéns ao caríssimo ensinador destas nobres matérias em honorável e límpida amostra de nossa tão torturada e depreciada língua portuguesa contemporânea.

" (...) contarei a história de um soneto que nunca fiz; era no tempo de seminário e o primeiro verso é o que ides ler: Oh! flor do céu! oh! flor cândida e pura! [...] Então adverti que os sonetos mais gabados eram os que concluíam com chave de ouro, isto é, um desses versos capitais no sentido e na forma. [...] Assim foi que me determinei a compor o último verso do soneto, e, depois de muito suar, saiu este: Perde-se a vida, ganha-se a batalha! [...] Então tornava ao meu soneto, e novamente repetia o primeiro verso e esperava o segundo; o segundo não vinha, nem terceiro, nem quarto;não vinha nenhum. [...] Cansado de esperar, lembrou-me alterar o sentido do último verso, com a simples transposição de duas palavras, assim: Ganha-se a vida, perde-se a batalha! [...] Trabalhei em vão, busquei, catei, esperei, não vieram os versos [...] Mas, como eu creio que os sonetos existm feitos, como as odes e os dramas, e as demais obras de arte, por uma razão de ordem metafísica, dou esses dois versos ao primeiro desocupado que os quiser. (Dom Casmurro, cap. 55 - Um soneto; Machado de Assis, 1899)"

Um Soneto de Dom Casmurro

Oh! flor do céu! oh! flor cândida e pura!
Brotada ainda na antiga Rua de Matacavalos;
Ah! olor do véu! ah! olor bem tido, formosura
Danada vinda de intriga numa jura para apóstolos.

Declinação absurda em latim eclesiástico via mamãe, ai!
Impedimento abrupto, mais que calundus enamorados;
Ordenação, encomenda de promessa, místicas argüições,vai...
Comedimento a Bento, tal qual Capitu só pelos lados.

Perde-se a vida, ganha-se a batalha!
Escobar, mui companheirista, até a mulher cobiça:
Culpa de meus lábios em estórias de olhos com ressaca.

Seminarista aposentado por precoce pecado, mentira oca.
Capitolina capitular nem pena houve, paixão movediça:
Ganha-se a vida, perde-se a batalha!

[Dedicatória - Para meu confessionário, o poço do quintal caseiro; altar sacrílego...]

João Paulo Santos mourão
14/10/2006
sétimo dia da semana cristã
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quinta-feira, 12 de outubro de 2006

Música do sarcófago de 2002

INSANDESCÊNCIA

[1]
Sinto a voz surgir
Como grito, quer sair
A demência passa por aqui
Ela vai me engolir
(Me engolir, ié, ié, ié...)

[2]
Como fogo a dormir
ela em mim vem surgir
(Vem surgir ié, ié, ié...)

# Refrão
Mas eu não consigo nem fingir
Se o que mais quero é sentir
Não consigo fugir

[3]
Se esse alguém quiser me ver
O fogo voltará pra me ensandescer

[4]
Penso em tudo que ninguém vai dizer
Então escrevo pra que alguém possa entender

@ BIS
Vai me vir
Entender

Letra: João Paulo Mourão
Melodia: Anderson Costa

SeqÜência:
[1] + Refrão (1ª linha)
[2] + Refrão
[3] + BIS + Refrão (1ª linha)
[4] + BIS + Refrão
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quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Legionismos Urbanistas

Geração lombra e bola

Nos subúrbios, na tal Câmara, na chapada teresinense
Alguém respeita a lei orgânica, continuamos esperando ser o futuro da nação
Que cidade é essa? Que município será esse?

No Dirceu, no Pirajá, na Vermelha, lá no centro.
Na zona leste nada em paz, até nos shopping centers o maluco tá demais.
Estudantes infiéis.. em movimentos e papéis.., que falha no interior.. desse brusco alçapão.
Que juventude era essa? Que mocidade fora a gente?

Ainda somos a geração Coca-Cola, geração que cheira cola, geração lombra e bola, geração copia
e escola.

Na Paisandú, na Riachuelo, Frei Serafim até João XXIII.
Naquelas ruas rola mais, qualquer saracoteio de novatos marginais.
Adolescentes aos léis.. sentimentos cruéis.., que droga de gestor..esse irremorso mandão.
Que província é essa? Que povoado é esse?

(A gente em todo lugar, sempre umas panelinhas fuçando uns buracos e becos, há pozinhos ou defumaços, até bombinhas e comprimidos lá estão, sabe?! Mas eu num uso disso não, preciso ler e escrever pros analfabetos no porão...tem famílias sem carinho e dinheiro na precisão...pelas calçadas e praças mendigos, doentes e maltrapilhos de montão...)

JotaPê
11/10/2006
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segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Direito cotidiano à informação - Eleições 2006 2º turno

Tristhes Tzarismos Dadaístas

Debate presidencial - Eleições 2006

Rede Band - 08/10 - 20:00h

A chegada dos candidatos, presidente e presidenciável, governante e ex-governador, fora bastante cuidadosa para eles e até que organizada para o correligionários e militantes políticos. Após eventual atraso, dá-se o primeiro debate em eleições brasileiras entre presidente em exercício candidato à reeleição e candidato oponente, desde a promulgação da Constituição de 1988 e do pleito com voto direto para o povo titular da soberania.

Alckmin começa atacando a ausência de Lula nos debates, cumprimentando a presença de Heloísa Helena e Cristovam Buarque; bate preferencialmente nas questões da corrupção, dossiêgate e gastos supérfluos do atual presidente. Início do debate com trocas das acusações, com levantamento de dados criminosos ou suspeitos nas administrações de ambas as partes. (CPIs dos Bingos, Mensalão, Sanguessugas, Vampiros, Ambulâncias, etc).

No primeiro bloco faiscaram as perguntas e respostas sobre as reformas e políticas nas áreas previdenciária e tributária e os cortes no orçamento existentes logo para o próximo governante da nação.

No segundo bloco os governos e investiments em obras da União e do Estado de São Paulo estiveram em pauta, as políticas públicas sociais e os projetos para o Brasil. A corrupção na gestão, a ética partidária e a investigação de irregularidades administrativas são as bandeiras hasteadas nesse momento; aumento de impostos e privatizações rediscutidas. Segurança Pública e Inclusão Digital são metas sugeridas. Ainda esteve em tempo a vez para discussão dos gastos corporativos da Presidência da república. A FEBEM e a criminalidade na juventude levantaram o tom no pronunciamento dos debatedores. A difusão do ensino universitário toma boa parte e bom assunto. As obras públicas regionais e nacionais recebem a atenção merecida no circunlóquio (de transmissão televisiva e radialística). Saneamento básico fora ainda ponto de embate na conversa exaltada pelos ânimos dos candidatos tucano e petista.

O terceiro blocoinicia pela recolocação de questões sobre o PCC e as políticas de segurança pública, outra vez realçadas. Transferências de responsabilização pelos erros em cada participação. A Política Externa Brasileira e a questão da Petrobrás entraram nas temáticas, inclusive a relação internaciona no Mercosul. A questão energética e o Apagão estãona ordem das perguntas: relacionamento de propostas em geração de energia. Combustíveis alternativos são apresentados como soluções. As estradas, portos, aeroportos e projetos de transportes.

O quarto bloco (com perguntas de jornalistas convidados) houvera com perguntas sobre o caso mensalão a Lula; perguntas sobre redução da maioridade penal para crimes gravíssimos a Alckmin; perguntas sobre princípios morais na sociedade e na formação de jovens e crianças brasileiros; preguntas sobre juros cobrados em créditos bancários e onde, como e quando cortar gastos governamentais.

O quinto e último bloco, os candidatos retornaram às perguntas entre si; Alckmin pergunta sobre o dinheiro do mensalão e Lula pergunta sobre o Provão e ENEM na esfera da Educação para Alckmin. Considerações finais dos candidatos e posteriores entrevistas com os coordenadores de campanha de ambos. Ao final da cobertura, declarações de partidários simpatizantes em um extremo e outro, adicionada daquela dos jornalistas especializados demonstraram pontos assimilados no discurso: as marcas da leviandade de acusações, irritação desconfortável, nervosismo inabitual e mudança repentina de comportamento em público do candidato psdbista; apreensividade inicial, defensividade quase natural, retomada de severidade oratória e postura resoluta do candidato petista. No debate ninguém sai derrotado, mas o povo que o assiste ou ouve sai ganhando em informação, exposição concreta de atitudes, amostra da vida pregressa e perfil ou visual político-ideológico dos digladiantes ao Palácio do Planalto Brasiliense.

Jota Pê
09/10/2006
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terça-feira, 3 de outubro de 2006

A centésima publicação é um presente: para mim, para vocês

Eis então agora que, não por escrúpulo particular ou supersticiosidade apócrifa, não hei de escusar-me a exprimir aqui em comemoração à 100ª postagem neste blog os textos que considero umas das melhores coisas que já pude fazer com a cabeça entre letras e pensamentos. É então escolhido aqui um em poesia, um em prosa e um em conto. Saúdo-vos e pleiteio estar íntegro e capaz para corresponder a mais textos insinuantes, leituras motivantes e sentidos empolgantes. Agora, aos escritos.

PAPEL DE CARTA TESTAMENTO

Ponto final em nossa linda relação
Escreveste em teu diário estas palavras
Parte mortal em nossa longa paixão
Encravaste punhal férreo nestas entranhas

Meus desígnios me revelam o ponto fraco
Envolvi nós dois em uma trama falsa
Teus insignes atos não mereciam um mal
Só a vi triste quando já havia deslize final

Entre erros e calúnias pervertido de mim
Mesmo além da sorte exigi-a de você
Mestre atrás das noites etéreas e etílicas
Escondia essa fraqueza para não ter azar

Menti, perdi, um adeus calado ouvi de ti
Escutei o coração dividido entre devaneios
Repeti, senti, um afoito desejo de ser feliz
Mas a ausência tua arrefeceu idéias boas

Sobrou-me o tempo e o espaço, rivais
De quando em quando consigo passar
O tempo ou mudar esse espaço
Entretanto minhas cordas vocais sussurram
Teu nome a cada pestanejar

Murmurejo por ter vivido
E nem aprendido coisa séria
A bocados umedecidos de lágrimas
Vou engolindo o pão que o diabo amassa
O problema é: você volta ou eu morro?
(Não espero resposta ...)

João Paulo Santos Mourão
08/06/2003

- @ - @ - @ -

Dos sentidos – tratado mínimo

Em veemência geral está posto que Deus ou a superioridade em criatura nos deu, aos seres humanos, uma só língua e uma só boca, para que dois ouvidos, dois olhos, duas narinas, duas mãos e dois hemisférios cerebrais estejam em consonante trabalho.
Ora, pois; se a escrita nada mais é que a conjugação perfeita da palavra pensada em dizer com os sentidos outros todos reflitos coordenadamente (para quem os tenha todos ou não), há que se convir da legitimidade dessa forma como melhor meio da expressão do sentimento de mundo a um mundo de sentimentos dos leitores...

João Paulo Santos Mourão
24/07/2005

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Delírio Melodramático

Por uma noite deserta vagueio incerto, confuso por completo.
Penso no que fazer e recuso o passado errado; preciso esquecer – de certas desilusões – o caminho errado.
(...) Preto velho me chama à porta do casebre, parto com receio, então aceito um pouco de prosa. Pergunta-me: “Por que tão triste garoto? Partiu com luz e lucidez, volta com lágrima e languidez? Perdeu um amor, pressinto em seu pesar”. Um patrão bondoso era ele, além de quanto me permitia passar pela adentrada noite e por possíveis paradigmas. Acima disso, prestava-me bons conselhos, quase posso chamar-lhe pai! “Eu tive um problema passageiro, bom amigo. Porventura conhece a preciosa moça. Chamam-na Magna, mas é Patrícia Magna realmente. Saboreei do seu profundo calor e abraços poderosos. Estive a ponto de casar-me; não fosse a noite de hoje, teria provado de um infortúnio maior!” “Pois diz, meu filho, que mal a mulher conseguiu a ti fazer para sentires tal desânimo e por que reclama pungente desagrado?”...
Desfiz o pensamento por um instante e rememorei o salão do encontro à noite marcado. Preparei-me com bom gosto e tirei o meu mais agradável terno para a ela premiar com boa visão, junto com um presente primoroso. Percebi quanto pompa aparecia aos olhos dos mais diversos convidados e parei contra uma das alas acortinadas do pátio especial. Parei e previ um redemoinho de fúria se formando ao redor do meu corpo. Investi, porém, aos fundos do pátio, na ânsia de confirmar o desenrolar da cena sem, no entanto, ser notado. Parolavam amistosamente alguns casais, e, ao redor da mesa, viam-se também um homem num smoking impecável e azul-escuro, com feições de brilhante magnata, luxuoso como se apresentava. E, de frente a si, Patrícia... Composta por cabelo em cachos de úmidos caracóis, plumas ao alto da tiara, colar de pérolas e miçangas azul-marinho; abaixo, com um vestido púrpuro, entrelaçado às costas, de alça finíssima e decote em forma oval. Sua boca possuía um tom sereno e coberto de timidez.
Espantou-me o fato de estar com o braço junto ao do senhor a sua frente. Costumava manter uma expressão pacífica diante de tudo, convém lembrar. Mas ali... Via-se algo novo, uma mulher resoluta, com prazer ao falar alto e vigorosamente. De súbito, avançou ao homem com quem dava as mãos e soltou duradouro beijo em plena conversa com as pessoas do grupo de amigos dele. Alegrou-se com as vivas do público em vibração, na platéia, dentre os convidados dele.
Pousei a taça que acabara de pegar e vi que já houvera esvaziado. O pacato ser que existia em mim viajara para um cárcere longínquo. Contive-me o quanto pude, até levar os olhos de volta à sua mesa; preparavam fotos e distribuíam presentes entre si. Comecei a arquitetar um plano de chegada.
Poderia chegar ao limiar da raiva, mas não: não perderia a classe por Patrícia. Ela já não merecia meu perdão. O homem ficaria indubitavelmente perplexo com o que eu iria dizer. Já sabia como desmoraliza-la ante o comitê de boas-vindas do moço. E ela nunca esqueceria de mim, pelo menos no tocante à lição que estava preste a ministrá-la.
Compareci a um dos garçons e pedi-lhe o favor de enviar ao moço daquela mesa um bilhete e dissesse o ser particular o assunto. Logo o garçom fez como lhe ordenara.
O rosto do homem enrugou-se e ficou tesa a sua expressão ao correr a vista pela última linha.
E logo depois se compunha a honorável figura em minha mesa. Apresentou-se. Disse tratar-se de Hernandes Fagonasso, anfitrião da festa. Após cumprimenta-lo, perguntou o que eu justamente procurava afirmar com aquela mensagem do bilhete. Raciocinei rápido e peguei-o de pronto susto: “A moça, com quem o senhor estava a deleitar-se, a muito corpo espreguiçou o seu tédio em seus braços. Trata-se de grande vigarista, mestra conhecida no golpe do milionário. Aproxima-se como interessada, suga o quanto pode da vítima e foge sem deixar vestígios. Presenciara a sua perfídia em alguns cerimoniais e não podia negar que era ela linda, atraente e garbosa; contudo, não devia ocupar-se de confiar-lhe mais um segundo de atenção amorosa, ou seria enganado como os demais”.
Ouviu tudo quietamente e, depois de refletir um pouco de tempo, ele me olhou com gratidão e apertou meu pulso com honestidade. “Agradeço sua ajuda e sinto-me honrado de tê-lo conhecido, embora por situação tão adversa. Muitíssimo grato. Será para mim um amigo de agora em adiante. Adeus!”.
E se foi. Patrícia observara a tudo indiscretamente, horripilada pelo teor da expressão envolvida nas minhas atitudes e como atingiram a animação, outrora retumbante, de Hernandes. O seu olhar era fulminante e eu contemplei-a ainda mais cortante e secamente. Amedrontou-se com o meu jeito e eu, por dentro, me comprazia em cachoeiras de contentamento pela vingança exercida.
Aproximou-se de minha mesa, alguns instantes depois da saída do outro.Saudou-me, agora carinhosa e tímida. Nem a cumprimentei e nem lhe dirigi a palavra. Perguntou, friamente, quem era o amigo. Retruquei, na mesma frieza, que ela deveria conhecê-lo, pois estava antes à mesa dela. Ela engasgou-se com o drinque e, refazendo a postura, comentou que estava na mesa a convite duma amiga; não conhecia, ainda, aquele senhor. E eu, como já supunha a resposta evasiva dela, afirmei que o homem não era meu conhecido; ela, sim, já deveria conhecê-lo em intimidade. Dito isso, ela emudeceu por instantes e acrescentou, resistente: “Não entendo o que você está querendo dizer com essas palavras confusas”.Fui objetivo e duro, ao mesmo tempo: “Seu amante não voltará mais hoje para perturbá-la, sossegue”. Foi então que ela se deu por vencida e soluçou baixinho. E quis tocar em minhas mãos, num gesto de súplica e desespero pela situação embaraçosa que criara; detive-a e desferi as últimas frases: “Sede, pois, como tu queres; e não como eu quero. Assim seja, então, mulher... Ah, a propósito, boa festa! E boa noite. Até nunca mais!”.

João Paulo Santos Mourão
01/11/2004

"Para o humanitismo o importante não é só o estar vivo, mas simo nascer e renascer incansável, o viver e reviver palpitável, o morrer e remorrer evitável"
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Soneto auto-didático

Amandarilha

De verso em verso o poeta enche o soneto
De rima em rima o poema enche o ritmo
De palavra em palavra o escritor faz o conto
De sons em sons o locutor faz o prumo

Que vocábulo em frase o professor vai ditar
Que sentido em lógica o filósofo irá propor
Que metáfora em período o estilista vai achar
Que provérbio em oração o filólogo irá expor

Se o português é um misturar de latins
Se o idioma tem o sotaque popular nato
Se o brasileiro há falado, escrito e lido

Quando a língua for um mosaico sem fins
Quando a fala tiver o dialeto peculiar exato
Quando a pátria houver amado, feito e vivido.


João Paulo Santos Mourão
22/09/2005
pré-primaveril amoresco
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segunda-feira, 2 de outubro de 2006

Conto de literatos: um por acauso luso-brasileiro



Tristhes Tzarismos Dada�stas

Machado de Assis e Eça de Queirós: observações em Memórias póstumas de Brás Cubas & O Primo Basílio

"Diálogo de gênios literais em sonho do autor"

- [...]"não há juventude sem meninice; meninice supõe nascimento; e eis aqui como chegamos nós, sem esforço(...)Naquele dia, a árvore dos Cubas brotou uma graciosa flor." Que tal te sês? Qüão garboso ou estúpido isso lhe é, ó colega Eça? Já o sabeis, hã?
- "Não lhe parece você que um tal trabalho é justo?(...)E todavia se já houve sociedade que reclamasse um artista vingador é esta!" ora, pois pois ó Machado: só tu que tens de humano o gesto e o jeito, qualquer o sendo te hás de apresentar sábio e poeta aos caçadores mofinos de tanta literatura brasiliana. Tenho-lho sabido.
- Abrandas, amigo, seu repente de ademanes caritativos e bajulantes. Já o têm feito alguns livreiros tendenciosos a meu lado. Vede a algo acá por vós, que eles teimam por inscriturar nos anversos das obras: "Memórias Póstumas de Brás Cubas" (1881), romance experimental, irônico e inovador, é tido como o marco inicial do Realismo no Brasil. Romance filosófico e moral, "Memórias Póstumas de Brás Cubas" atinge, como poucas obras da literatura universal, um equilíbrio perfeito entre profundidade e diversão. Qual o quê!
- Bem calado fico, todavia, se acaso me exponhas ter vossa escrita algo com minha anterior, publicada em 1878, o romance O Primo Basílio, a qual se me corretamente memoro é dita ser uma análise muito bem realizada do comportamento na sociedade portuguesa de nossa época de fato...Reliteras comigo isto, o pá?
- Por óbvio; quisto o tenho lido desde os folhetins em jornais da capital, nossa Guanabara tão lusa! Contudo, receio que estais num pernóstico brinquedo lógico para com minha pronúncia diante de isto, ou me embaraço em estranhos pensamentúsculos?!
- Ah, louvável seja vosso irradiado percebimento; mas nem tratar-se-ia aqui de próprio júbilo, eis de modo assim a expressar nossa vis-a-revis proximidade em procedimento criacional, metodologias...Essas e outras cousas. Não mo tomes por malicioso, per obséquio!
- Te queixas em vão, não aborrecer-te-ei a mais. Posto qüão havidos permeios entre nossas pessoas, ofícios, nações e lingüajares, assentes comigo. Lastimosamente, caro nobre ibérico, estivera eu a falar-te em sobejado momento e calculo estar atrasado para a Academia de letras. Com sua generosa e amistosa, licença. Gracejemos em outras ocasiões, não te faças de sumiço pelo Cosme Velho, faze-me?
- Oh, tens mesmo de ir; eu também hei já de ter perdido a nau de hoje ao porto lisboneta. Creiamos que sim, em próximas idas e retornos por este fraterno Brasil firmo e prometo estar contigo!
[E os senhores dão-se aos cumprimentos, repõem os trajetos de longo caminho na rua dos Portugueses com a avenida de Brasileiros e opostificam-se aos poucos os rumos, cada qual em suas belas carruagens, uma puxada por cavalos castanhos, outra por cavalos dourados, em luxos equipotentes e de trote mesurado. Eu, à esquina, no Café do |Quincas & Maia|, ouvira estas dialogadas palavras...enfim, acordara com uma borboleta ao nariz e um litro vazio do bom vinho Santa Felicidade derreado].

João Paulo Santos Mourão
01/10/2006
tarde tropical sudorescente
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domingo, 1 de outubro de 2006

Busco na morte a vida, - Miguel de Cervantes

Aos seres humanos políticos, eleitos e sufragantes.

Cervantes - Poemas
Busco en la muerte la vida

Busco en la muerte la vida,
salud en la enfermedad,
en la prisión libertad,
en lo cerrado salida
y en el traidor lealtad.

Pero mi suerte, de quien
jamás espero algún bien,
con el cielo ha estatuido,
que, pues lo imposible pido,
lo posible aún no me den.
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Legislação eleitoral para sufragantes insipientes

Mesmo que vossa senhoria não tenha interesse jurídico ou político intrínseco, que seja por cidadania e civismo dada leitura à estas recomendações legislativas, pois o direito não socorre aos que dormem ou desconhecem-no. Saiba disto para consigo e faça disto seu forte pavilhão sapiencial em qualquer época, em quaisquer locais. Vote informado consciente e saiba o porquê de votar.

Prazos e condições para candidaturas
Lei complementar número 64, de 18 de maio de 1990 (Lei da Inelegibilidade)

Não podem se eleger os inalistáveis, os analfabetos, os que tenham perdido os mandatos por infringira lei, os que tenham representação pela Justiça Eleitoral, os condenados criminalmente, os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos rejeitadas por irregularidade. Uma candidatura pode ser impugnada em petição fundamentada em até 5 dias, contados da publicação do pedido de registro do candidato.

Resolução 22156, de 3 de março de 2006 (instrução 105)

Para participar das eleições, o partido deve ter registrado seu estatuto no TSE até o primeiro domingo de outubro do ano anterior ao do pleito.

As coligações: Em 6 de junho de 2006, uma decisão administrativa do TSE endureceu a verticalização e restringiu as chances de aliança, obrigando partidos coligados na disputa presidencial a repetir a aliança em cada Estado, ou disputar sozinho. Mas os ministros recuaram dois dias depois e restabeleceram as regras válidas anteriormente. Segundo estas, os partidos podem, na mesma circunscrição, formar coligações para eleição majoritária, proporcional ou para ambas – mais de uma coligação pode ser feita para a eleição proporcional, entre os partidos que integram a coligação para a majoritária. Os partidos que lançarem candidato a presidente da República não poderão formar coligações locais com partido que também tenha lançado candidato à Presidência.

As convenções para escolher candidatos e coligações deverão ser realizadas de 10 a 30 de junho – se a convenção de nível inferior se opuser à deliberação da convenção nacional, os órgãos superiores do partido poderão anular a deliberação.

Os candidatos: Qualquer cidadão brasileiro pode ser candidato, salvo os inelegíveis. Eles devem ter a idade mínima de: 35 anos para presidente e vice-presidente da República e senador; 30 anos para governador e vice-governador de Estado e do Distrito Federal; 21 anos para deputado federal, estadual ou distrital.

Resolução 22144, de 14 de fevereiro de 2006 (instrução 101)

Dispõe sobre o número de membros da Câmara dos Deputados e das Assembléias Legislativas para as eleições de 2006.

Propaganda eleitoral e condutas proibidas
Resolução 22158, de 2 de março de 2006 (instrução 107)

A propaganda eleitoral começa em 6 de julho. A partir de 1º de julho, não será permitida propaganda paga em rádio e TV. Desde 48 horas antes até 24 horas depois da eleição, são proibidos comícios, reuniões públicas e a veiculação de propaganda política na internet, rádio e TV. Toda propaganda deverá mencionar a legenda partidária. Os partidos e coligações têm direito a usar alto-falantes, das 8h às 22h, com exceção de lugares próximos a escolas, hospitais, igrejas e prédios públicos.

A propaganda em bens particulares (muros e prédios, por exemplo) depende apenas do consentimento do proprietário. Na imprensa escrita, será permitida, até o dia das eleições, propaganda que ocupe no máximo um oitavo de página para jornal e um quarto de página de revista ou tablóide, por edição.

A resolução também estabelece as condutas não permitidas aos agentes públicos, durante a campanha eleitoral. É proibido: ceder ou usar, em benefício de candidato, bens, serviços e servidores públicos; fazer ou permitir propaganda em favor de candidato, custeada pelo poder público; admitir, demitir ou remover servidor público três meses antes das eleições, até a posse dos eleitos.

Os agentes públicos também não podem realizar despesas com publicidade dos órgãos públicos que excedam a média nos três últimos anos. Aqueles que são candidatos a cargos de Poder Executivo não podem participar de inauguração de obras públicas nos três meses que antecedem as eleições.

Lei nº 11.300, de 10 de maio de 2006 (nova)

Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997 (antiga)

Os candidatos estão proibidos de doar dinheiro, prêmios ou qualquer ajuda a pessoas físicas ou jurídicas. É vedada a confecção, utilização e distribuição de camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou quaisquer outros materiais.

Nos bens de uso comum, inclusive postes de iluminação e sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus, é vedada a veiculação de propaganda de qualquer natureza. Os outdoors estão proibidos.

É proibida a realização de showmício e apresentação, remunerada ou não, de artistas com a finalidade de animar comício e reunião eleitoral.

Constituem crimes, no dia da eleição, arregimentação de eleitor ou boca de urna, divulgação de qualquer espécie de propaganda mediante publicações, cartazes, camisas, bonés, broches ou dísticos em vestuário.

Financiamento de campanha
Resolução número 22160, de 3 de março de 2006 (instrução 102)

A arrecadação de recursos e os gastos vão exigir: solicitação do registro do candidato; solicitação do registro do comitê financeiro; inscrição no CNPJ; abertura de conta bancária específica para a movimentação financeira de campanha; obtenção dos recibos eleitorais.


Gastar recursos além dos valores declarados sujeita o responsável a multa no valor de cinco a dez vezes a quantia em excesso. O partido político que descumprir as normas perderá o direito ao recebimento da quota do Fundo Partidário do ano seguinte, e os candidatos beneficiados responderão por abuso do poder econômico (Lei nº 9.504/97, art. 25).

Instrução normativa conjunta número 609, de 10 de janeiro de 2006

Os comitês financeiros dos partidos e os candidatos devem se inscrever no CNPJ para abertura de contas bancárias para captação e movimentação de fundos.


Portaria conjunta número 74, de 10 de janeiro de 2006

O TSE encaminhará à Secretaria da Receita Federal (SRF) informações relativas à prestação de contas dos candidatos e dos comitês financeiros de partidos, especificando as fontes de arrecadação e os recursos recebidos.

Qualquer cidadão poderá apresentar denúncia à SRF sobre uso indevido de recursos, financeiros ou não, em campanha eleitoral ou nas atividades dos partidos políticos.

Lei nº 11.300, de 10 de maio de 2006 (nova)

Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997 (antiga)

As doações somente poderão ser efetuadas por meio de cheques cruzados e nominais ou transferência eletrônica de depósitos, ou depósitos em espécie devidamente identificados até o limite fixado. É vedado receber doações de entidade ou governo estrangeiro, órgãos públicos, organizações não-governamentais que recebam recursos públicos, organizações da sociedade civil de interesse público, entre outros. Partidos, coligações e candidatos são obrigados a divulgar, pela internet, relatório discriminando os recursos que tenham recebido ou gasto.

Cassação de candidaturas
Resolução 22142, de 2 de março de 2006 (instrução 99)

As reclamações devem relatar fatos e apresentar provas. Podem ser feitas por partidos políticos, coligações, candidatos ou pelo Ministério Público. O direito de resposta é assegurado ao partido ou à coligação atingidos por calúnia, difamação, injúria ou inverdade difundidos por qualquer veículo de comunicação social. O pedido de resposta deverá ser feito em: 72 horas, na imprensa escrita; 48 horas, em programação normal de rádio e TV; 24 horas, no horário eleitoral gratuito. O representado ou reclamado terá 48 horas para apresentar defesa, e 24 horas em caso de direito de resposta.


Lei nº 11.300, de 10 de maio de 2006 (nova)

Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997 (antiga)

Comprovado abuso de poder econômico, captação ou gastos ilícitos de recursos, será negado ou cancelado o registro da candidatura ou o diploma, se já houver sido outorgado.


Cédulas e segurança do voto
Resolução número 22159, de 2 de março de 2006 (instrução 108)

Dispõe sobre as cédulas oficiais a serem utilizadas nas eleições.


Resolução 22157, de 2 de março de 2006 (instrução 106)

Dispõe sobre os modelos dos lacres e seu uso nas urnas, etiquetas de segurança e envelopes com lacres de segurança.


Divulgação de pesquisas
Resolução 22143, de 2 de março de 2006 (instrução 100)

A partir de 1o de janeiro de 2006, as entidades e empresas que realizarem pesquisas relativas às eleições são obrigadas a registrar cada pesquisa e suas informações no TSE e nos TREs, até cinco dias antes de sua divulgação.

fonte: http://eleicoes.uol.com.br/2006/leis/
links eleições 2006:>
http://blog.estadao.com.br/blog/eleicoes2006/
http://www.noticias.uol.com.br/uolnews
www.globo.com/jornaldaglobo
www.globo.com/jornalhoje
www.globo.com/jornalnacional
www.conjur.com.br
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sábado, 30 de setembro de 2006

Tristhes Tzarismos Dada�stas

Tristhes Tzarismos Dada�stas

Soneto à carnificina e"lei"toral

The politics of thieves in international language
(ou a política dos ladrões em linguagem internacional)

Malas, maletas, valises, sacolas.
Bolsos, pés-de-meias, cuecas, mãos à frente e atrás.
Marco Aurélio, superioríssimo (então) senhor ministro do tribunal eleitoral brasileiro:

caminhando contra o justo, sem ordem nem progresso gradual, seguro ou lento; que é que foi,

que é que há.
Lula, excelente (então) senhor presidente: cálix de sangue retinto de gente, afasta-se de mim

este cálix; quem te viu, quem te vê.

Voto nulo, solução impedida, assunto encerrado.
Voto protesto, movimento escapista, imposteridade imediatista.
Estrutura de Estado, maquinário mentecaptocrata sobreversivo.
Super-estrutura de Governo, ideolário excusivista intransparecível.

Mercadoria, dinheiro, ideologia (não quero outra pra viver), prostibuloteiro.
Que país será este, o que porventura será que me dar-se-á?
Serviçalismo, escravidão, prisoneirice: tudo mudar, ainda poderá...

Patifaria, capitaleiro, mentinharia (não preciso dessa pra vencer), impartidarismerceeiro.
Que boçal sou isto, o que sem censura virá que te far-se-á?
Imbeciloidismo, debilismo, inercialice: todo lutar, nunca pelegarás.


Para os juvenis estudiosos da est-ética na política nacional, temos conselho internético pra

aprofundarem suas incursões método-lógicas:

Pecados capitais na política brasileira - a série

http://jg.globo.com/JGlobo/0,19125,VVJ0-2756-243944,00.html

JotaPê ad memorian dos mortos, lesionados, molestiados e assassinados pelos infames tirano-ditatorias mobilizadores sociais mesquinhos e medíocres de outrora, soberbos e supérfluamente massacristas d'agora. In nomi patri, et fili, et spirit saint, amem.
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quinta-feira, 28 de setembro de 2006

Verborragia do baú



NOTAS DE DADAÍSMO

Os gêmeos da divina blindagem...
Mortos na Tchechênia...
Descoberta de pedra-fogo no meio da neve...
Ossos de animais, sem nada racional, cavaram cova em terra alheia, sem problema de óbituração
Comprovação de viagem mortal comprovada
China e Ìndia com superávit de mortecnologias, déficits humanários
Rússia contra os mortos, baixas de guerra
Estados Unidos com programa cívico anti-vivos, altas de paz
E no Br as crianças penam de dor e fome a zil.
América o ano é feito padrasto, basta de opulência, arrogância (que merda) isso não!
Não somos mais o futuro da nação, somos o que sobrou da destruição, uma frustração construída
Condução de meio passe, passe logo senão fica tapete de mentes idiotas e doentes.
Soldadinhos do fundo, defendendo um comandante espião do outro lado, violado, abalado
É isto porra, fume essa fumaça, não é mensagem de pajé ou tragada dos praças
É ponto de faísca, fagulha de guerra, contra a besta fera, megera.
Cade minha trupe, e essa tribo; onde foi parar?
O quê? Já saíram, fugiram, partiram, caíram -¬_
Agora tamo sozinho, eu e você. O que vai fazer pra revirar essa solidão, prosseguir a tal

missão: o debate prossegue, com vontade, o combate, se repete. O vício no interior deve ter

derrocada, essa juventude parece amacacada, possuída, está sem sentir, consumida, já foi,

devorada, partida.
Largou o mal, escapou, voou, passou além da vista, divindade prevista, jubileu morreu, "soul"

venceu em apogeu, crescente posição, malabarismos potente, Cristo foi quem te recebeu,

Eucaristia em cerimônia de Comunhão, largou a devassidão, com satisfação dá adeus [ADEUS!],

último momento de comunicação, bênção!

"Na vida foi me salvar da morte,
e sua morte vai me salvar a vida,
rima proibida" [Site Zen]

João Paulo Santos Mourão apud. & rev. in: Jota Pê 02/12/2001
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quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Bezerra da Silva in memorian porra nenhuma: é pós-morte mermo

Tristhes Tzarismos Dada�stas

Em homenagem ao multimalandragens Bezerra da Silva, nordestino radicado no Rio de Janeiro para fazer samba-canção do morro para ensinar-nos como viver sem vacilar e só nas manhas...olhaí gente boa, tá na lorota embaixo, saqualé...


A Giria É a Cultura do Povo
Bezerra da Silva
Composição: Elias Alves Junior, Wagner Chapell

Toda hora tem gíria no asfalto e no morro
porque ela é a cultura do povo

Pisou na bola conversa fiada malandragem
Mala sem alça é o rodo, tá de sacanagem
Tá trincado é aquilo, se toca vacilão
Tá de bom tamanho, otário fanfarrão

Tremeu na base, coisa ruim não é mole não
Tá boiando de marola, é o terror alemão
Responsa catuca é o bonde, é cerol
Tô na bola corujão vão fechar seu paletó

“Toda hora tem gíria...

Se liga no papo, maluco, é o terror
Bota fé compadre, tá limpo, demorou
Sai voado, sente firmeza, tá tranquilo
Parei contigo, contexto, baranga, é aquilo

Tá ligado na fita, tá sarado
Deu bode, deu mole qualé, vacilou
Tô na área, tá de bob, tá bolado
Babou a parada, mulher de tromba, sujou

“Toda hora tem gíria...

Sangue bom tem conceito, malandro e o cara aí
Vê me erra boiola, boca de sirí
Pagou mico, fala sério, tô te filmando
É ruim hem! O bicho tá pegando

Não tem caô, papo reto, tá pegado
Tá no rango mané, tá aloprado
Caloteiro, carne de pescoço, “vagabau”
Tô legal de você sete-um, gbo, cara de pau

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Malandragem Dá Um Tempo
Bezerra da Silva
Composição: Popular P. / Moacir Bombeiro / Adelzonilton

Vou apertar, mas não vou acender agora
Vou apertar, mas não vou acender agora
Se segura malandro, pra fazer a cabeça tem hora
Se segura malandro, pra fazer a cabeça tem hora

É que você não está vendo
Que a boca tá assim de corujão
Tem dedo de seta adoidado
Todos eles afim de entregar os irmãos
Malandragem dá um tempo
Deixa essa pá de sujeira ir embora
É por isso que eu vou apertar, mas não vou acender agora

REFRÃO

É que o 281 foi afastado
O 16 e o 12 no lugar ficou
E uma muvuca de espertos demais
Deu mole e o bicho pegou
Quando os home da lei grampeiam
O coro come a toda hora
É por isso que eu vou apertar, mas não vou acender agora

REFRÃO

É que você não está vendo
Que a boca tá assim de corujão
Fio desencapado adoidado
Todos eles afim de entregar os irmãos
Malandragem dá um tempo
Deixa essa pá de safado ir embora
É por isso que eu vou apertar, mas não vou acender agora

REFRÃO

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A Fumaça Já Subiu Pra Cuca
Bezerra da Silva
Composição: Indisponível

Malandro é malandro
Mane é mane
Aí doutor esse malandro é de verdade
Não sobrou nem a piaba
Não tem flagrante porque a fumaça já subiu pra cuca 2X
Deixando os tiras na maior sinuca
E a malandragem sem nada entender
Os federais queriam o bagulho e sentou a mamona na rapaziada
Só porque o safado de antena ligada ligou 190 para aparecer
Já era amizade
Quem apertou, queimou já está feito
Se não tiver a prova do flagrante nos altos do inquérito fica sem efeito
Quem pergunta quer sempre a resposta
E quem tem boca responde o que quer
Não é só pau e folha que solta fumaça
Nariz de malandro não é chaminé
Tem nego que dança até de careta
Porque fica marcando bobeira
Quando a malandragem é perfeita ela queima o bagulho e sacode poeira
Se quiser me levar eu vou, nesse flagrante forjado eu vou
Mas, na frente do homem da capa preta é que a gente vai saber quem foi que errou
Se quiser me levar eu vou, nesse flagrante forjado eu vou
Mas é na frente do homem que bate o martelo é que a gente vai saber quem foi que errou.

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Meu Bom Juiz
Bezerra da Silva
Composição: Gutaum

Aaaah, meu bom juiz
Não bata este martelo nem dê a sentença
Antes de ouvir o que o meu samba diz..
Pois este homem nao eh tao ruim qto o senhor pensa
Vou provar q lá no morro.. (2x)

Vou provar q lá no morro
Ele é rei, coroado pela gente..
É que eu mergulhei na fantasia e sonhei, doutor
Com o reinado diferente
É mas nao se pode na vida eu sei
Sim, ser um líder eternamente
Homem é gente..
Mas nao se pode na vida eu sei
Sim, ser um líder eternamente
Meu bom doutor,
O morro é pobre e a probreza nao é vista com franqueza
Nos olhos desse pessoal intelectual
Mas qdo eu alguem se inclina com vontade
Em prol da comunidade
Jamais será marginal
Buscando um jeito de ajudar o pobre
Quem quiser cobrar que cobre
Pra mim isto é mto legal
Eu vi todo juramento, triste e chorando de dor
Se o sr. presenciasse chorava tb doutor...

Aaaah, meu bom juiz, (meu bom juiz)
Não bata este martelo nem dê a sentença
Antes de ouvir o que o meu samba diz..
Pois este homem nao eh tao ruim qto o senhor pensa
Vou provar q lá no morro.. (2x)

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Os Direitos do Otario
Bezerra da Silva
Composição: Bezerra da Silva

Refrão: quem fala é malandro e conhece a barra pesada
Otário só tem dois direitos tomar tapa e não dizer nada

Aonde pintar um otário
Tem caguetagem e malicia
Otário é a imagem do cão e
também cachorrinho de policia

Todo otário cagueta
é verdade não é esculacho
é que bolso de otário é nas costas
Virado de boca p baixo
é que bolso de otário é nas costas
Virado de boca pra baixo

quem fala é malandro e conhece a barra pesada
Otário só tem dois direitos tomar tapa e não dizer nada


Otário é um bicho safado
É mesmo uma praga ruim
E nasce no mundo inteiro
E destrói tudo igual a cupim

Olha se eu fosse um cavalo
Não ia sujar o meu nome
Se otário fosse capim
Aí eu morria de fome
Se otário fosse capim aí eu morria de fome

quem fala é malandro e conhece a barra pesada
Otário só tem dois direitos tomar tapa e não dizer nada


Aonde pintar um otário
Tem caguetagem e malicia
Otário é a imagem do cão e
também cachorrinho de policia
Todo otário cagueta
é verdade não é esculacho
é que bolso de otário é nas costas
Virado de boca p baixo
é que bolso de otário é nas costas
Virado de boca pra baixo

quem fala é malandro e conhece a barra pesada
Otário só tem dois direitos tomar tapa e não dizer nada
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domingo, 24 de setembro de 2006

Jornalismo político: Luís Carlos Prestes e Getúlio Vargas


Era Vargas (1930-45)→ Início com o golpe de 1930 (deposição de Washington Luís e ascensão de Getúlio Vargas).
• Governo Provisório (1930-34)→Houve a transição política. Vargas demorou a convocar eleições e uma Assembléia Constituinte. Em Julho de 1932, São Paulo iniciou o movimento da Revolução Constitucionalista.Embora tivesse sido um fracasso do ponto de vista militar, no campo político seus reflexos foram positivos: Vargas reprimiu o movimento mas convocou a Assembléia Constituinte e em novembro de 1933 houve início aos trabalhos dos constituintes eleitos que resultariam na promulgação da nova Constituição de 1934. Preservava o liberalismo e o presidencialismo, além de manter a independência dos três poderes, fixando o primeiro presidente por voto indireto da assembléia.Também trouxe novidades: o voto universal secreto (extensivo às mulheres), o mandado de segurança, a eleição de representantes classistas e a legislação trabalhista.
• Governo Constitucional (1934-37)→Marcado pela polarização ideológica entre fascistas e comunistas (ascensão do nazi-fascismo: influência na formação da Ação Integralista Brasileira-AIB, nacionalista, autoritária, antidemocrática, anticomunista;fundação da Aliança Nacional Libertadora-ANL com grande adesão popular e união de vários setores ou alas reformistas e esquerdizantes dos tenentes, camadas liberais, socialistas, comunistas e líderes sindicais, todos com intentos democráticos, antiimperialistas, antiautoritários e reformistas. Suas principais reivindicações eram: suspensão do pagamento da dívida externa brasileira, nacionalização das empresas estrangeiras, realização de reforma agrária, ampliação das liberdades públicas e formação de um governo popular), ou seja, o Integralismo de Plínio Salgado e o Comunismo de Luís Carlos Prestes.
→A reação Contra o levante popular, por parte das oligarquias e do capital estrangeiro, foi rápida. Aprovou-se uma lei de segurança nacional com o objetivo claro de reprimir o crescimento da ANL (já com quase 400 mil filiados). Diante da extinção da ANL sua facção de esquerda, predominantemente comunista, preparou um golpe com características de insurreição: A Intentona Comunista.Vargas decreta estado de sítio. Mas os rebeldes terminaram sendo encurralados no Rio de Janeiro, onde acabaram sendo bombardeados até a rendição. A partir desse episódio confirmou-se o fracasso do levante comunista.
→A campanha sucessória para as eleições de 1938 foi marcada por acentuação das divergências no bloco dominante (pela intensa perseguição às já enfraquecidas forças oposicionistas mais contestadoras). A disputa parecia definida entre Armando de Sales Oliveira e José Américo de Almeida. Então iniciou uma série de movimentos continuístas de Vargas; para o sucesso em qualquer movimento golpista ele necessitaria de apoio militar, conseguido junto aos generais Góes Monteiro e Eurico Gaspar Dutra, os quais montaram o esquema necessário ao golpe político.
→1937-Ano decisivo do plano Cohen, forjado por Vargas como pretexto à instalação da ditadura do Estado Novo (ou Nova Ordem Nacional).
• ESTADO NOVO→Ditadura de cunho fascista, legitimada pela Constituição de 1937, que retirava todas as garantias do indivíduo, restringia a ação dos sindicatos e garantiu ao Estado um papel policial repressor.Caracterizou-se por: perseguição e repressão aos opositores do regime, economia caracterizada pelo incentivo à produção industrial de base (Companhia Siderúrgica Nacional e Vale do Rio Doce), o trabalhismo atrelou os sindicatos ao Estado e elaborou a CLT/1943 (Consolidação das Leis Trabalhistas), censura e propaganda (Departamento de Imprensa e Propaganda, Departamento Administrativo do Serviço Público e a polícia secreta) foram os principais órgãos do governo getulista, participação do Brasil na segunda guerra mundial com os aliados (Inglaterra, França e URSS).
• O FIM DO ESTADO NOVO→As manobras políticas de Getúlio não seriam suficientes para mantê-lo no poder e, em outubro de 1945, ele renunciaria. Chegava ao fim a ditadura do Estado Novo e, curiosamente, Vargas se via obrigado a deixar o poder por ordem de Góes Monteiro, general que havia liderado o golpe de 1937.O governo foi entregue a José Linhares, presidente do Supremo Tribunal Federal. Nas eleições de dezembro saiu vitorioso o general Eurico Gaspar Dutra, candidato apoiado por Vargas.

A República Democrática→A deposição de Getúlio Vargas acha-se intimamente ligada à derrota dos regimes nazi-fascistas na Europa pelas forças aliadas.Ao final da segunda guerra mundial os EUA assumiram a liderança do bloco capitalista e a URSS a hegemonia do bloco socialista.O processo de redemocratização do Brasil efetivou-se tendo como pano de fundo essa conjuntura internacional. No período compreendido entre 1946 e 1964 verificou-se, internamente, o confronto político entre os nacionalistas e os liberalistas (grupos favoráveis á abertura da economia nacional ao capital estrangeiro e aos mercados externos). Impôs-se o alinhamento e a dependência brasileira ao bloco capitalista, sob a liderança dos Estados Unidos.
A nova era de Vargas(1951-1954)→Cinco anos depois de ser derrubado do poder, o velho ex-ditador Getúlio Vargas continuava sendo ainda a principal figura política do Brasil. Tal afirmação pode ser atestada como verdadeira se observarmos os resultados das eleições de 1950. Getúlio Vargas foi eleito com 48,7% dos votos, derrotando nas urnas seus concorrentes Eduardo Gomes e Cristiano Machado por larga margem de diferença.A política nacionalista de Vargas propunha uma via autenticamente brasileira no desenvolvimento capitalista, sem radicalizar-se quanto ao capital estrangeiro.Essa era a estratégia Varguista para o desenvolvimento do país. Procurando retomar suas antigas linhas nacionalista e intervencionista, Vargas voltou-se em especial para a petroquímica, siderurgia, transporte, energia e técnicas agrícolas. Sua política econômica estava estruturada no Plano LAFER (Plano Nacional de Reaparelhamento Econômico). O capital estrangeiro no Brasil promoveu o desenvolvimento de empresários, burocratas e gerentes que se opunham à política nacionalista de Getúlio. O nacionalismo radical de Vargas e sua velha disposição de aproximar-se do operariado – no dia 1º de maio de 1954, concedeu 100% de aumento aos salários mínimos – assustavam alguns setores da sociedade brasileira comprometidos com o capital estrangeiro. Por sua vez, Getúlio Vargas atacava os setores ligados ao capital estrangeiro, afirmando que a remessa de lucros para o estrangeiro era o fator crônico das dificuldades brasileiras. Ala extremista de oposição, liderada por Carlos Lacerda, acusava de corrupção as pessoas ligadas ao governo e denunciava financiamentos escandalosos do Banco do Brasil. A radicalização das posições levou ao crime da rua dos Toneleiros, isto é, ao atentado contra Lacerda, cujo resultado foi a morte do major-do-ar Rubens Vaz, no dia 5 de agosto de 1954. Na apuração das responsabilidades sobre o crime, chegou-se à conclusão de que o mesmo fora arquitetado por Gregório Fortunato, o fiel guarda pessoal de Getúlio. O país se agitou. A temperatura política era insustentável. O vice-presidente Café Filho propôs a Getúlio que renunciassem, deixando o Congresso eleger o sucessor. Vargas disse que só sairia morto. Na manhã do dia 24, Vargas estarrecia a nação. Suicidava-se com um tiro no coração e incendiava o país com uma carta-testamento:

NADA MAIS POSSO DAR A NÃO SER O MEU SANGUE

“Mais uma vez as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se novamente e se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam-me; não me dão direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender como sempre defendi o povo e principalmente os humildes.
Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de espoliação dos grupos econômico-financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei um regime de liberdade social. Tive que renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre.
Não querem que o povo seja independente. Assumi o Governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia, a ponto de sermos obrigados a ceder.
Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para defender o povo, que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar, a não ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida.
Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no pensamento a força para a reação. Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão.
E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História." (Rio de Janeiro, 23/08/54 - Getúlio Vargas)


“Em meados de 1970, Luís Carlos Prestes, Roberto Campos, entre outros ilustres representantes da política nacional estiveram reunidos em uma ‘mesa redonda’ para debater e esclarecer situações referentes à repressão intensa sofrida pelo movimento comunista (inicialmente camuflado com a sigla da ANL, Aliança Nacional Libertadora) em especial pelo PCB, Partido Comunista Brasileiro, este que funcionara na ilegalidade desde 1922, entremeando na discussão diversos casos polêmicos e não totalmente esclarecidos, como as numerosas prisões de partidários bem como de cidadãos alheios ao Partido Comunista Brasileiro, sem mencionar incontáveis torturas. A isto, o porta-voz do governo recebeu com serenidade aceitando os fatos expostos, ressalvando, porém, a posição de abertura política após a redemocratização pós-1964. Não havendo mais meio algum de recuperar vidas perdidas em guerra ideológica.” [trecho de entrevista na TVE, Rede Brasil, Rio de Janeiro, programa “A Verdade de...” exibido em Dezembro de 2002.]

Indicação de Leitura:

§ 1930: os órfãos da revolução,Domingos Meirelles,2005, Record.
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