Blog liberto a público de arte abstrata-concreta, literatura mundana, jornalismo experimental e direito cotidiano. ¡Pensare reactivus est!

sábado, 10 de junho de 2006

Pausa para a supersticiosidade acéptica

Cronologias 666

(...)hoje seria o dia da besta fera!
se fosse sexta feira treze
Felicidade é a certeza de que somos amados apesar de sermos como somos
é o que tem no serenata de amor que comi!
e tem mais:
Amar não é apoderar-se do outro para completar-se, mas se dar ao outro para completar;
poesia de chocolates!
muito bom!
é excelente pra presentear namorada, paquera, amiga...que esteja com ciúmes, tédio ou raiva!
aeé?!
que tal uma dose de absinto para esse teu spleen
e baforadas de charuto ervoso[?]
era o que fariam os da geração mal do século
mas, o tempo passou
e as pessoas estão melhorando
faremos a geração bem do milênio[!]
e os hábitos são mais simples
para curar um tédio, basta fazer cócegas na alma,
um carinho de forma sincera sempre é útil
principalmente daquele jeito que você ria só de lembrar[...]
eu costumo gravar o rosto a sorrir de algumas mulheres, primeiramente, e de amig@s, depois, pra rir nos momentos de desastrismo
aí, também depende do objetivo
bom, isso é só um motejo
porque aí pode mandar uma carta, um telefonema, um e-mail, um torpedo {celulônico} pra pessoa certa
que te arribe o ânimo
hoje eu rio até das minhas mazelas e putrefações psíquicas mais graves
quando deveria estar assustado
e disciplinar-me para a cura
mas, você me avistou hoje e viu como eu estava dessóbrio
e ranzinza!
mas só do contato com sua amizade, eu já procuro melhorar e estar alegre
porque tem dias que a noite é foda, como diz uma música aí...e tem vidas que a morte também o é.
e quanto mais você pensa em coisas assim, mais procuro ser um ser humano normal, buscar as formas de me comportar conforme inclina o espírito e aprendendo com as gerações e etiquetas progressistas...!
ou seja, um ser socialmente perfeito, em que o individual seja bem desenvolvido e propulsione algo de útil pro coletivo
mas só consigo isso na teoria até agora!
a práxis me falta!

.
João Paulo
06/06/2006
(inclusive, na digitação e postagem desse trecho enignominioso espirrei na tela do computador e apareceu uma gotícula de vírus real na tela, com aquela reação luminosa multicolor qual paleta de tintas misturadas e a certeza de que o ser humano traz em si o germe da própria destruição e da criação de outros iguais a ele: o biometabolismo observável nessas circunstâncias aparece cada vez mais instigante ao ópio cerebroso ao qual se me avassalo ridiculamente)
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sexta-feira, 9 de junho de 2006

Cartilha do Eleitor inexperiente - parte 1...



Direito Constitucional
- Administração Pública

"Lei é a relação necessária derivada da natureza das coisas" (Montesquieu, Charles Louis de Secondat - Barão de)
Administração é gestão de serviços públicos: rede, continente, meio, instrumental, entidade que prestar coletivizadamente conteúdo, matéria, substância, serviço em si, prestação fornecida em geral.
No campo jurídico, administrar é aplicar a lei de ofício. Administração é "modo de gestão" e "atividade exercida", é a atividade que o Estado desenvolve, mediante prática de atos concretos e executórios, para a consecução direta ou indireta, ininterrupta e imediata dos interesses públicos. São princípios que orientam o administrador público: legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade.
- Da organização dos Poderes e do Poder Legislativo
Organizam-se os Poderes em conformidade às suas funções por excelência: administrar, legislacionar e jurisdicizar, isto é: em Poder Executivo, Legislativo e Judiciário. Legislativo é o órgão do Estado encarregado de fazer a lei, de legislar; sendo a lei declaração solene da norma jurídica feita pelo poder competente, regida pelo tecnicismo jurídico. as funções legislativas são exercidas pela assembléia brasileira, o Congresso Nacional, composto da Câmara dos Deputados e do Senado Federal porque tanto um quanto outro são Poder Legislativo.
O nosso Parlamento ou Assembléia Nacional é a conjunção de Câmara e Senado. O sistema de exercício das funções legislativas é bicameral, em que as atribuições são divididas ou distribuídas entre dois colegiados: a Câmara e o Senado. É essência generalizada nas Federações o bicameralismo; curioso notar a discriminação de classes ou estratos da textura social-nacional: a classe "alta", os Estados-membros da União Federativa e a classe "baixa", os populares-sufragantes-eleitores de cada Estado-membro.
Deputado é todo cidadão membro de um colegiado legislativo, eleito por meio de sufrágio universal. No Brasil, há Câmara Federal ou Estadual; a essa se diz o colegiado constituído por representantes dos eleitores, em cada Estado-membro, eleitos por sufrágio universal e àquela, os representantes dos eleitores dos vários Estados-membros, em cada unidade da Federação, também sob o voto em sufrágio universal.
No Senado, cada Estado possui exatamente o mesmo número de representantes: é o colegiado de pessoas - Senadores - que representam coletividades territoriais, Estados. Hodierna função da Câmara dos Senadores é firmar o desempenho da democracia representativa, via o controle de impulsos e excessos da Câmara dos Deputados. As duas casas legislativas reúnem as plenas condições ao processo de fazimento da lei, ao atender aspirações médias ponderadas de população-Estados.

(fonte consultada: Comentários à Constituição Brasileira de 1988, José Cretella Júnior)
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quarta-feira, 7 de junho de 2006

Cena perfeita de se interpretar! Explicação de se saber!

Plínio Marcos (trecho / passagem emblemática)

Usava uma peça mística e se alguém lhe chamasse a atenção, erguia o amuleto e bradava:
- Compre este livro: é uma merda! Mas, em compensação, o autor vai morrer cedo para valorizar a obra...
E alguém lhe perguntava:
- Mas, Plínio, para que isso?!
- Para enfiar no cu desse povo perguntador!!!!

(extraído de uma palestra do pesquisador e escritor Fred Maia, por ocasião do 4º SALIPI sobre a crônica de Plínio Marcos)

Explicação do texto selecionado para postagem acima:

Paulo Schettino: “Literatura e Cinema”...

Notas:

“A palavra é imagem”
“O logos do pensamento está materializado no logos da palavra: imagem e som!”
Textos Narrativos, Descritivos, Dissertativos, etc... = palavras
Textos Imagéticos, Gravurísticos, Ilustrados, etc... = teatro
(noções depreendidas da Arte Poética de Aristóteles)
Epifania = momento da luz, da revelação emocional
A interação entre leitor e autor: o escritor tece o som por escrito para que construamos a imagem sugerida...
A imaginação transforma o som e a imagem (transcritos em palavras, signos lingüísticos) em movimento: dinamismo de teatro e cinema
“A história tem por fundamento a verossimilhança!”
“A materialização da criação conforme sentimos o mundo.”
Comunicação intertextual humana: oral ↔ escrita ↔ imagética
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terça-feira, 6 de junho de 2006

Literariedades momentâneas: cronistas de séc. XIX e XX





Alguma carta de Confissão a Machad’Assis e Vinícius de Moraes

Colegas, camaradantes, pretéritos em meus futuros; a vida continua: consegue ainda aquele poeta-prosador do povo, cercado de gente por todos aqueles seus pontos cardeais-cordiais, repleto de sem-saboria dos ignorantes – auto-intitulados sábios de hoje – a nos afrontar com sua pedância, sobreviver nesta zorra catastrófica?!
Vocês, a vocês digo, são devidos (a) todos os expressadores da linguagem brasileira um louvor, uma prece, um hino ou canção de reconhecimento: apesar de suas funções formais ou papéis habituais, são vocês os primeiros jornalistas de vanguarda em termos de crônica, do conto cotidiano, da estória do corriqueiro.

A Machad’Assis,[profeta da Academia de Letras para a plêiade brasileira já no séc. XIX] perguntaria se se pudesse ter com ele: - Como podes tu esmiuçar tantos detalhes, momentos de tamanha precisão da vida social sem ser notado, sem haver-se por descoberto? Vais às solenidades, festas, coquetéis, reuniões... e escreves àquilo tudo sem seres sabido por outrem; como fazer isso?! Dizes?
A Vinícius de Moraes, redubiataria: “Ô jovem senhor carioca-brasileiro dos meados de 1900 do século XX da era pós-nazarena: confessas aqui entre nossos contemporãos, quão inédito dom possuístes para te mimetizar entre as classes sociais, entre embaixadas e morros, entre escritórios diplomáticos e bares mundanos, entre burguesias internacionais e proletariados nacionais, e agradar a ambos, a todos, indiferentemente? Por que cargas e descargas transformas a ti em poeta e boêmio se eras agente profissional e sereno? Prelúdio em verve melancólica, intermédio em canção de serenata chorosa, posteridade em crônica metalingüística clássica, erudita, todaviamente assim também vulgar, popularesca. Qual a conseqüência e o motivado efeito a que te inclinas ao perambular malabaristicamente entre puros e profanos? Que coisas te bolem ao pensamento para contares essas histórias em tua obra, sem seres acossado nem tumultuado por insondáveis inimigos aí de igual modo disfarçados no vício do fumo, do álcool, do farrismo, etc... e sobra-te ainda fôlego e razão para dar conselhos aos leitores aguçados? Ensine-me à crônica, à aguda captação e ruminação do cotidiano contável!
Que vocês sejam lidos e recepcionados sempiterna e onipresentemente.

João Paulo
05/06/2006
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