Blog liberto a público de arte abstrata-concreta, literatura mundana, jornalismo experimental e direito cotidiano. ¡Pensare reactivus est!

sábado, 1 de julho de 2006

Uma topitada de historicismo pedrossegundense


Crônica da Cidade Imperial do Piquizeiro

A viagem indelével à memória do infantil pensamento: lembranças de pequenice audaz. O desenrolar do momento em impossível previsão de agilidades e agendamentos. A medida todas as vidas em todas as coisas medianas e, para nós, super necessárias. As vistas às coisas boas da vida, passeio, amizades, mulheres de letras e prazer no pulsar. (...)

[Pósteras, prévias, agoráveis...sim, praças! Matriz Domingos Mourão Filho, Bonelle, Milton Brandão - Recanto, Cruzeiro, Vila Operária, e tantas outras mais. E mais essas outras praças mitológicas, legendárias, épicas, pessoalmente visitadas, replicavisitadas, trepicavisitadas, trozevistas. Que dias, tardes e noites delas me presenciaram transeuntear! Beleza de creuza andarilhar pelas pedras, lajes e solos daquela memória vivaz, ecoante de montes de culturistas.]

É preciso situar a estória, o enredo e sua ambientalização, sua cronografia: havia, dizem os anciões sabidos e contemporâneos da época, um pé de planta Piquizeiro no centro da cidade aonde surgiram o primeiro núcleo de escambo, relação econômico-político-social e mercado dessa vila. Daí o nome velho de lá ser esse Piquizeiro. E as residências, igrejas, fórum, clubes, bares, hotéis, etc. viriam às levas de retirantes dos povoados próximos. O morro alto aonde se eleva a cidade de Pedro II hoje já teve ainda mais rusticidade e interiorice. Mas, conforme está, possui restantes e formidáveis patrimônios da regionalidade piauiense. E viva o respeito ao passado heróico e pioneiro para que os presentes vivos semeiem um consciente e próspero futuro! Conhecer é diferente de passear. Ainda quero conhecer esta nova cidade: Pedro II!

João Paulo 01/07/2006

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Mas isso aqui foi só um rabisco besta, porque na verdade era outra coisa melhor e mais poética o que eu desejaria dizer. Porém, fica então o escrito pelo não-escrito.
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quarta-feira, 28 de junho de 2006

E mais outro concurso de escrevinhações!




Para os entusiastas das letras oficialmente julgáveis...ei-tos aí com novidades bem focantes: a cada escrevedura, uma arriscadela e é tudo bem. Bulam e chafurdem, já que nas casas desses vultuosos cooperantes patrocinadores luzes podem alumiar sua arte.

Sesc abre inscrições para Prêmio de Literatura

Estão abertas as inscrições para o Prêmio Sesc de Literatura 2006. O evento é promovido pelo Departamento Nacional do Sesc, em parceria com os Sesc regionais, e tem como objetivo premiar textos inéditos, escritos em língua portuguesa, por autores brasileiros ou estrangeiros que residem no Brasil.
As categorias literárias do concurso são Romance e Conto sendo que, os participantes podem apresentar uma obra de cada categoria. As inscrições devem ser feitas em quatro vias encadernadas e com folha de rosto contendo o título da obra e o pseudônimo do autor.
As inscrições devem se enviadas pelo correio, para o Departamento Regional do Sesc no Piauí, que fica na rua Heitor Castelo Branco, 2700, bairro Ilhotas.
O julgamento das obras será feito por Comissões Julgadoras compostas por especialistas em literatura e por escritores escolhidos pelo Sesc. O vencedor do concurso terá a publicação da obra apresentada.
As inscrições para o Prêmio Sesc de Literatura 2006 são gratuitas e podem ser feitas até o dia 31 de outubro de 2006.


fonte: http://www.pi.sesc.com.br/noticia_jornal[111].php
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terça-feira, 27 de junho de 2006

De Glauber para vossas miserês



Gláuber Rocha: o cinema novo labirinto
para um mundo velho e um Brasil arcaico


As primeiras informações que obtivemos da produção em cinema brasileiro estão, sem dúvida, atreladas ao posicionamento revolucionário desse filmologista baiano cosmopolita; suas formas peculiares de expressar em imagens e sons o resultado que as palavras não alcançariam (ao público, de imediato) é fato inédito. Os contemporâneos e coespaciais dele hoje são os jovens cineastas, mormente os de academia pública, os de núcleos independentes de audiovisual e de projetos cidadãos em periferias rurais-urbanas. A compreensão do universo totimitológico pela tematização sócio-político-cultural que se nos apresenta em filmes glauberianos é interessante aspecto para começar uma representação de entendimentos acerca das suas metas na produção brasileira de cinema não-comercial e identitário.

Assim como os demais movimentos libertários e humanistas mundiais e nacionais [vide nos pós-meados do século XX o Tropicalismo ou Tropicália, ao qual o autor viveu e filmou trechos em sua trajetória também], o intuito de Gláuber Rocha é apresentar um trabalho de demonstração, conscientização e modificação do panorama ao nosso entorno pela sua arte em película. O projeto ideologizado por todos os filmes desconstrutivistas, ufânico-regionalistas, transgressistas e experimentais desse operário dos rolos e tiras dinâmico-fotográficas tem papel metodológico alicerçante para uma nova escola de cinegrafistas, roteiristas, críticos e atores/atrizes.
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domingo, 25 de junho de 2006

Taiguara e a melodia pra se lembrar de estórias

"MARIA DO FUTURO" (Taiguara)

duna branca, lua imensa, Maria deita
nua e branda como as nuvens que a lua enleita
duas tranças, uma flor e Maria enfeita
suas mansas curvas cheias que a areia aceita

era noite de verão
vi o amor nasceu num sorriso seu
o luar me convidou
mar nos temperou e ela me envolveu

nessa rede ela prendeu
minha dor se viu, minha solidão
nessa rede eu vi nascer minha liberdade

tua rede, minha sede
e o amor te trouxe
quero ver o mar salgando teu seio doce
e em cadeias de amor puro
viver guardado
joga areias do futuro no meu passado

&&&

Taiguara é isto aí. Música popular brasileira eterna e clássica da humanidade!

"..E que o passado abra os presentes pro futuro! Que não dormiu e preparou, que não dormiu e preparou..o amanhecer, o amanhecer, o amanhecer!..."

"- Pois é meu velho, a gente tem é que curtir sabe?!
- Deus te abençoe, meu filho!"

Estou curtindo enquanto se dá,porque depois o vacilo dá-me um jeito!

Essa vai especialmente pro meu colega e amigo de lutas e pensares, ao qual devo apresentação à música e poesia taiguariana: Marco Aurélio, esse foi pra você mermão!
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