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quinta-feira, 5 de junho de 2008

O dia em que a Terra parou, pelicularmente...

OUTROS CINEMAS

Em O ano 01, a força de 1968

Produzido no início dos anos 70, com múltiplas referências à estética HQ, filme de Jacques Doillon imagina uma greve geral contra o capitalismo. Contra-sistema, contracultura, contra-cinema. Deliciosa, absurda e irreverente anarquia, indispensável quando o sistema se pretende avassalador

Bruno Carmelo

(19/05/2008)

E se o mundo combinasse, de um dia para o outro, parar de trabalhar? Se os operários largassem as fábricas, os bancários abandonassem os bancos, os estudantes parassem de ir às escolas e todos cruzassem os braços contra o sistema? Esse seria o utópico “ano 01” do título, referente ao começo de uma vida nova.

O diretor Jacques Doillon assina a direção do roteiro, escrito pelo cartunista Gébé. Embora não se trate de um desenho animado, é essa linguagem que inspira o caminhar da narrativa. As passagens são fragmentárias, desconectadas entre si, e cada uma contém um humor e uma piada em especial. Aos poucos, essas várias “charges cinematográficas”, ou “desenhos animados filmados”, unem-se e passam a constituir uma narrativa.

Afinal, para conteúdo subversivo, estética subversiva. Doillon vai ao fundo de sua proposta e faz um filme sem personagens principais. Os atores são centenas de conhecidos (Gérard Depardieu, Thierry Lhermitte, Miou-Miou, Coluche), que aparecem em pequenas pontas, mas nunca reaparecem. O grande personagem, aqui, é o povo, ou então a revolução.

Neste mundo utópico, essas vozes são caladas pelo povo, que adere em massa à greve e se recusa a retornar ao sistema capitalista

(JPG)
"E se o mundo combinasse, de um dia para o outro, parar de trabalhar? "

A produção data de 1972, portanto, ainda no calor do maio de 68, dos ideais jovens e do movimento hippie. Engraçado notar que essa colagem enlouquecida passa a constituir um verdadeiro documento histórico (sobre a ascenção da prática de liberdade e igualdade) e ideológico (sobre o desenvolvimento das idéias que permitiram esses eventos de se produzirem).

A anarquia de Doillon e da época não se baseia no contra-governo a na tomada de poder, mas na idéia anterior (e um tanto romântica) de ausência de poder. Nesse pensamento, a terra (agricultura) oferece tudo que o homem precisa. Logo, não haveria desejo de enriquecimento. O dinheiro perderia sentido e o trabalho se reduziria ao mínimo necessário para o consumo.

Logicamente, sempre há aqueles — patrões, presidentes — que pedem um retorno à norma e pensam na possibilidade de se aproveitar da situação para voltar a estocar produtos e constituir monopólio em seus ramos de produção. Entretanto, neste mundo utópico, essas vozes são caladas pelo povo, que adere em massa à greve e se recusa a retornar ao sistema capitalista.

Doillon leva sua proposta às últimas conseqüências e visualiza todos os efeitos dessa paralisação na sociedade: quebra das bolsas de valores norte-americanas (em cena dirigida pelo convidado Alain Resnais), melhora de vida nas colônias africanas (cena filmada por Jean Rouch), o fim da idéia de propriedade e posterior abolição das prisões, produção artística renovadora e mesmo um pequeno Museu de “objetos inúteis” ligados à vida consumista, como lustres e máquinas de lavar.

O filme termina nesse ritmo intenso de amor livre, cultura revolucionária e ideologia anarquista global. Pelo menos aqui, os eventos históricos não vêm dissolver o movimento, e nenhuma pressão põe em cheque o futuro do grupo. É difícil não se contaminar, quase 40 anos depois, pelo tom febril dessa nova sociedade que nos parece, na época de um capitalismo cada vez mais avassalador, de um absurdo deliciosamente cômico.

L’An 01 (1973)
Filme francês dirigido por Jacques Doillon (com Alain Resnais e Jean Rouch).
Com Cabu, François Cavanna, Gérard Depardiu, Gerard Junot etc.
Duração: 1h27.

Confira as fotos do filme:

Fotos

Fonte: Le Monde diplomatique Brasil
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terça-feira, 3 de junho de 2008

Projeto OAB nas Escolas


Projeto OAB firma convênio com a Semec para projeto de cidadania

30/05/2008 20:37

"Em toda história da OAB, o público mais importante que já recebemos foi este. Pessoalmente, sonhei com isso, em ver a OAB cheia de crianças; elas são o nosso maior objetivo". Estas foram algumas das palavras do presidente da Ordem dos Advogados, Secção Piauí, Norberto Campelo, na manhã de terça-feira (27), durante lançamento do projeto que levará cidadania às crianças, batizado de "OAB nas Escolas". Estudantes do ensino fundamental de várias unidades de ensino do município lotaram o auditório da OAB, num coro de alegria com cada discurso empolgado, apresentação de música e dança.

Em parceria com a Prefeitura de Teresina, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec), a OAB levará aos alunos noções básicas de Direito, fazendo com que as crianças cresçam bem informadas e politizadas. O convênio entre OAB e Semec foi firmado e em breve advogados estarão ministrando palestras e tirando dúvidas dos estudantes, de maneira didática e divertida.

"Cada escola receberá visitas dos advogados. Iremos também confeccionar uma cartilha educativa para distribuir entre os estudantes", afirmou o Secretário de Educação Municipal, Washington Bonfim.

Para o Secretário Geral Adjunto da OAB-PI, Nelson Nunes Figueiredo, um dos coordenadores do "OAB nas Escolas", é fundamental a participação da sociedade na formação moral das crianças. "É preciso levar conscientização às crianças. A educação é um dever do Estado e da família e deve ser efetivada com a ajuda da sociedade. Esperamos o apoio de todos ao nosso redor e queremos não só levar noções de Direito, mas implantar a cultura de paz nas escolas", afirmou. As crianças conhecerão que é lei e há punição para quem não cumprir, por exemplo, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Estatuto do Idoso e que as pessoas com deficiência e o meio ambiente precisam de respeito.


fonte: informativo on-line da OAB-PI


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Encontro Internacional de Texto e Cultura



ENCONTRO INTERNACIONAL DE TEXTO E CULTURA*


29 de outubro a 1º de novembro de 2008
Ponta Mar Hotel – Fortaleza / Ceará / Brasil

Realização:
Universidade Federal do Ceará
Grupo de Pesquisa Protexto - UFC
Secretaria de Cultura do Estado do Ceará
Website do congresso:
http://www.textoecultura.ufc.br

E-mail do congresso: textoecultura@gmail.com

1. EIXOS TEMÁTICOS

O objetivo principal do evento é propiciar o intercâmbio de
pesquisas e reflexões sobre temas caros tanto à ciência lingüística quanto a
outras áreas das ciências sociais, tais como *texto*,* discurso*,* cultura,
cognição*,* gramática *e *literatura**.*

O evento abordará, dentre outras, as seguintes temáticas:

·Lingüística do Texto;
·Análise do Discurso;
·Análise Crítica do Discurso;
·Análise da Conversação;
·Funcionalismo;
·Semiótica Discursiva;
·Literatura;
·Psicanálise;
·Sociologia;
·Filosofia;
·Antropologia;
·Comunicação Social;
·Educação;
·Outros temas relacionados a texto e cultura.

2. CONVIDADOS

*Internacionais*:

Antónia Coutinho (Portugal);
Hardarik Blühdorn (Alemanha);
Jean-Michel Adam (Suíça);
Robert Vion (França).

*Nacionais:*
Clélia Jubran (Unesp);
Ingedore Koch (Unicamp);
Izabel Magalhães (UNB);
Maria Helena de Moura Neves (Unesp).

3. INFORMAÇÕES IMPORTANTES

*1ª CHAMADA*
Prazo para a submissão de resumos (1ª chamada): 31 de julho de 2008.
Os formulários de inscrição, informações sobre local, acomodações e programação social e as formas de pagamento encontram-se no website do congresso:
http://www.textoecultura.ufc.br/abert.html
E-mail do congresso: textoecultura@gmail.com


4. MODALIDADES DE PARTICIPAÇÃO


*Sessão coordenada*:

Para doutores, mestres, especialistas, graduados e
estudantes de pós-graduação.

*Pôster*:

Para estudantes de graduação.

- As conferências serão realizadas apenas por professores convidados. As
mesas-redondas serão organizadas pela Comissão Organizadora, a pedido dos
doutores interessados, os quais ficarão isentos da inscrição.

- Cada participante poderá inscrever apenas um trabalho para apresentar no
evento. O limite é válido inclusive para trabalhos em co-autoria.

- Aqueles que não conseguirem compor uma sessão coordenada devem fazer sua
inscrição individualmente, para depois serem alocados em uma sessão pela
Comissão Organizadora.

- As normas para o envio de resumos e para a posterior publicação dos
trabalhos encontram-se disponíveis no *website *do evento.

5. COMISSÃO ORGANIZADORA

*Coordenadora:*`

Profa. Dra. Mônica Magalhães Cavalcante (Coordenadora do
Grupo de Pesquisa PROTEXTO - UFC)

Profa. Dra. Eulália Vera Lúcia Fraga Leurquin (Coordenadora do Programa de
Pós-Graduação em Lingüística da UFC)

Profa. Dra. Maria Elias Soares (Coordenadoria de Assuntos
Internacionais-UFC)

Prof. Dr. Clemilton Lopes Pinheiro (UFAL)

Profa. Ms. Mariza Angélica Paiva Brito

Prof. Ms. Valdinar Custódio Filho

Profa.
Ms. Karine Alves David (SECULT)

Profa. Julianne Larens Lopes (SECULT)

Profa.
Ms. Thatiane Paiva de Miranda

Profa. Ms. Mirna Gurgel (SEDUC)

Profa. Ms. Fátima Medina (FIC)

Profa. Ms. Jammara Oliveira Vasconcelos de Sá (SEDUC)

6. PERÍODO DE INSCRIÇÃO E VALORES


*1ª chamada*
28 de abril a 31 de julho de 2008*

*Participação COM apresentação de trabalho*
Aluno de graduação – R$ 30,00
Aluno de pós-graduação – R$ 40,00
Profissional – R$ 60,00
Professor Universitário – R$ 80,00


*Participação SEM apresentação de trabalho*
Aluno de graduação – R$ 20,00
Aluno de pós-graduação – R$ 30,00
Profissional – R$ 35,00
Professor Universitário – R$ 40,00

*2ª chamada*
*1º a 30 de agosto de 2008*

*Participação com apresentação de trabalho*
Aluno de graduação – R$ 50,00
Aluno de pós-graduação – R$ 60,00
Profissional – R$ 80,00
Professor Universitário – R$ 100,00

*Participação sem apresentação de trabalho*
Aluno de graduação – R$ 40,00
Aluno de pós-graduação – R$ 50,00
Profissional – R$ 55,00
Professor Universitário – R$ 60,00


______________________________________________________________________
Profa.Dra.Mônica Magalhães Cavalcante

Coordenadora do Encontro Internacional de Texto e Cultura - Fortaleza/CE
http://www.textoecultura.ufc.br
Coordenadora do Grupo de Pesquisa Protexto-UFC
http://www.protexto.ufc.br


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domingo, 1 de junho de 2008

Contos de THE edicao 2008



CONCURSO CONTOS CIDADE DE TERESINA/2008

I – DO OBJETIVO

Art. 1º. O concurso Literário “CONTOS CIDADE DE TERESINA/2008”, promovido pelo Município de Teresina e coordenado pela Fundação Cultural Monsenhor Chaves, tem como finalidade premiar autores de contos cujo enredo se situa em Teresina, ou que tenham a cidade como referência, dando ênfase às manifestações culturais locais, a seu espaço físico ou à história do município.

II – DOS CONCORRENTES

Art. 2º. Poderão participar do concurso piauienses natos ou radicados no Estado há pelo menos 05 (cinco) anos.

Parágrafo Único. Fica vedada a participação, a qualquer título, de servidores da Fundação Cultural Monsenhor Chaves e respectivos familiares até 3º grau.

III – DA APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS

Art. 3°. Os trabalhos terão que ser inéditos encadernados em espiral, com requerimento endereçado ao Concurso Literário “CONTOS CIDADE DE TERESINA/2008” – Fundação Cultural Monsenhor Chaves, Rua Eliseu Martins, n° 1.373, Centro, CEP: 64.000-120 Teresina-PI. Deverá conter 03 (três) cópias do trabalho digitado com espaço 1,5 (um e meio), acompanhado de um envelope lacrado contendo as seguintes informações:

Título da obra;

Pseudônimo do autor;

Nome, endereço completo, assinatura e currículo resumido do autor.

Art. 4°. Os contos concorrentes ao prêmio deverão ser apresentados com um mínimo de 06 (seis) laudas digitadas em espaço 1,5 (um e meio), fonte “Arial” ou “Times New Roman”, em tamanho 12 (doze).

Art. 5º. Cada autor poderá concorrer com somente 01 (um) conto de sua autoria.

Art. 6º. Se houver interesse por parte dos autores, após a proclamação dos resultados, serão devolvidas as cópias dos trabalhos caso contrário, as obras serão destruídas 60(sessenta) dias após a divulgação do resultado.

Art. 7º. Os prêmios atribuídos pelo presente Concurso denominar-se-á “CONTOS CIDADE DE TERESINA/ 2008”, e serão assim distribuídos:

1º lugar: publicação, pela Fundação Cultural Monsenhor Chaves, na Revista “Cadernos de Teresina” edição de nº. 42 e a quantia de R$ 1.000,00 (um mil reais) e outorga de certificado.

2º lugar: publicação, pela Fundação Cultural Monsenhor Chaves, na Revista “Cadernos de Teresina”; edição de nº. 42 e outorga de menção honrosa.

3º lugar: outorga de menção honrosa.

IV – DA COMISSÃO JULGADORA

Art. 8º. A Comissão Julgadora, composta de três membros escolhidos entre profissionais notoriamente reconhecidos na área, será nomeada pelo Presidente da Fundação Cultural Monsenhor Chaves.

Art. 9º. A Comissão Julgadora poderá deixar de atribuir os prêmios, não cabendo recurso dessa decisão.

Art. 10. O Presidente da Fundação Cultural Monsenhor Chaves designará um servidor para secretariar a Comissão.

Art. 11. A Comissão Julgadora terá um prazo de 30 (trinta) dias, a contar da Portaria que a designar, para apresentar o resultado dos julgamentos dos trabalhos.

V – DA INSCRIÇÃO E DO PRAZO

Art. 12. As inscrições são gratuitas e serão recebidas no endereço indicado no art. 3º deste Regulamento, sob os cuidados do Departamento de Artes/ Coordenação de Literatura e Editoração, no período de 01 de abril a 30 de junho de 2008, no horário das 7h30min ás 13h30min.

Art. 13. Este Regulamento e ficha de inscrição estarão disponíveis no site: www.fcmc.pi.gov.br, bem como na sede da Fundação Cultural Monsenhor Chaves.

VI – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 14. As inscrições implicam a plena aceitação, por parte do autor inscrito, do disposto neste Regulamento.

Art. 15. O resultado do Concurso será anunciado publicamente pelo Presidente da Fundação Cultural Monsenhor Chaves, logo que as Comissões Julgadoras indiquem, por relatório, os vencedores e estará disponível no site da FCMC.

Art. 16. Os casos omissos no presente Regulamento serão decididos pelo Presidente da Fundação Culturais Monsenhor Chaves, de comum acordo com a Comissão Julgadora.

Art. 17. Fica eleito o Foro da comarca de Teresina, Piauí, para dirimir quaisquer dúvidas ou controvérsias oriundas do presente Regulamento.

Informações:

www.fcmc.pi.gov.br


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