Blog liberto a público de arte abstrata-concreta, literatura mundana, jornalismo experimental e direito cotidiano. ¡Pensare reactivus est!

sábado, 8 de agosto de 2009

Batuque elétrico: a cumbucada piauiense com a tecnologia do séc. XXI




A banda Batuque Elétrico cada vez mais atuante no mercado fonográfico regional, uma das minhas prediletas, é o som que tenho ouvido pra abafar as tensões do dia-a-dia e ter um pouco de paz espiritual nestes últimos dias.
Suas letras são chips de realidade bem Teresina, bem Piauí.
Gostoso de ouvir, letras interessantes, melodia "redonda" e um vocalista muito bom, além dos arranjos e acompanhamentos afinados, fazem deste som uma boa pedida.

Maiores Informações:
http://www.batuqueeletrico.blogspot.com/
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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Brasil nunca mais (ensaio)



Dos palacetes de poder temporal e câmaras dos milordes capaixões



Do tomo comunitário eclesial de base que restou de material daqueles padrecos guerrilheiros bons-caracteres

Acabou o ensaio de democracia;
a ditadura voltou, sem censura!
Ah, vossas excelências - digo, digo, altezas e majestades...
como pudestes vós ridicularizar, não os olhos, não os ouvidos, não as bocas:
mas os corações, as dignidades e os sentimentos patrióticos de vossos súditos!?

Todas aquelas palavras subidas,educadas, solenes, enfáticas de há 20 e poucos anos.
Todas aquelas manifestações, aglomerações, comícios, (indi)gentes;
aquilo era sim, o gérmem de teu senso de país, de "glória à mãe gentil".

Mas, para quê?

Para que no depois sucumbisse à cobiça, à ganância, à arrogância e à corrupção?
Para que em tão pouco tempo se endurecessem, se maculassem e se dissolvessem até às fímbrias tua esperança, tua bonança, tua mudança?

Não, senhores(as) que aí se investem e estão investidos;
não vos tolero, não vos respeito, não vos tenho compaixão ou medo.

Vós sois vermes, hipócritas, dissimulados (aliás simulacros também).
Enganastes o povo, a população, a nação, a pátria e até quereis ludibriar o mundo.

Mas uns poucos duns filhos teus, não os rebeldes de outrora, mas os conscientes de hoje - esses sim, te aconselham, te confrontam e te condenam quanto a estes métodos e meneios tais que tolhem, apequenam e mediocridatizam as honras e glórias do passado.

Teus juízes parecem que dormem; mas não é isso, eles também são bobos da corte.
Teus soldados e policiais amofinaram o coro, mas eles são meros pracinhas e seguranças do sistema de coisas que aí estão.
Teus estudantes engolem incrédulos, pois até discursos de ex-condenados que ora bradam da platéia daquela casa de poderes ainda são ecoantes.
Tuas crianças, as crianças que se dizem o futuro do país, estas apenas choram ou ficam confusas: pois delas é a herança absurda e fatal.
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Itinerancia video brasil 2008-2009 (cartaz)



[clique na imagem para ampliar]

Vão lá, povo!
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terça-feira, 4 de agosto de 2009

Torquato Neto - O Anjo Reentortado (poesia)



[João Paulo Santos Mourão₢]

Escritos Oriundos de Tristeresina...
TORQUATO NETO – O ANJO REENTORTADO

[João Paulo Santos Mourão₢]

Quando logo, logo, eu hei renascido... Muito crítico ainda,
Um anjo pós-modernista muy droga-dopado virá a me informar:
Vai bicho (aliás, bicho iradíssimo) desafinar o coro dos descontentes;
Porque mesmo eles estão contentes, contentes demais pro nosso gosto.

Ouves a melodia? É música, de protestantes novos!
Vem comigo; dancemos a valsa da revolução imoral.
Eles rirão de nós, sem motivo algum; mas nós, ah, ah!
Riremos e mangaremos do riso deles, sedentários e paupérrimos espiões da nossa rima alegre e viva...

A cultura analfabeta é doutora aos eruditos, sim.
A vitória do profeta é possível se há seguidores.
Se o inimigo é invisível, invisíveis e vis seremos assim.
Só não podemos é ser estáticos, ou seremos extáticos perdedores...

Hoje eu acordei mais desafinado de que outrora
Olho pela janela as massas voláteis e disformes, lá em cima e cá embaixo.
Um desperdício tamanho, né?!
Leio o meu livro de cabeceira, os olhos vermelhos de dor e opilação vindoura;
Então recito um verso livre, para o senhor dos zumbis tupiniquins:

Faças de mim resistente e irresistível, a todo o povo.
Unge-me a vista do além-olho, para não ser preso em vão.
Conserva-me malandro da brasilândia, com predomínio da razão.
Kilometra meu destino, pois da emoção faço o maior estorvo...

[João Paulo Santos Mourão₢]

Pelos idos de 2005... ainda tinha tempo de escrever, como era bom!
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