Blog liberto a público de arte abstrata-concreta, literatura mundana, jornalismo experimental e direito cotidiano. ¡Pensare reactivus est!

sábado, 5 de novembro de 2011

Feira tradicional do nordeste: uma bodega e suas cenas

Uma ida à feira no centro, manhã de sexta-feira rural.
O calçamento, as portas e janelas, casario colonialesco.
Umas tapiocas, umas rapaduras, meio "litro" de farinha, uma peça de queijo e uma pesada de carne de sol.
Aquela faca de usar no cós da calça para ir ao mato.
O vendedor conhece os clientes por nome, sobrenome e localidade.
O telhado de toscas armações de palmeira, amarrações de embira de palha e telha branca.
As paredes escavoucadas, por pequenos incidentes e por maus elementos da roça deliberadamente ruins.
Os ladrilhos de argila cozida ecoam ao pisado de alparcatas e botas velhas.
Meninote esperto ganha seus centavos em moedas ao levar cargas para algum cidadão de bem.
Pessoas simples conversam na calçada e no comércio a trocar novidades mercantis e etc. e tal.
Miudezas em geral e espécies de toda grandeza.
Prateleiras, Estantes, Estufas, Balcão, Cadeiras e Tamboretes.
Latas, Garrafas de vidro, Potes de cerâmica e de plástico, Sacolas.
Volumosos caixões de madeira guardam gêneros.
Algumas caixas de cerveja e carnes-secas dependuradas na despensa.

Estamos em uma bodega no interior do Nordeste brasileiro!


Share/Bookmark