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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Diálogo surreal Citadino 1 e 2 (bonus track)


?¡¦…!¿

diálogo surreal citadino 1

DIÁLOGO SURREAL CITADINO (1)


O poste parou, pensou e falou para o cano:
 “muita água ainda para rolar?”

E o cano, na ponta da língua, respondeu:
 “tanta quanto a que rola na hidroelétrica, mas sem fiação que a aproveite por todos os lugares!”

A pedra de calçamento, ouvindo a conversa, pensou em voz alta:
 “no final tudo volta ao pó.”

O tijolo, que assistia a toda a prosa silencioso, refletiu consigo e comentou aos demais amigos:
 “no fundo, sem nós e sem nossas obras, talvez não se concebesse a urbanidade.”

E o gás, ali embotijado no subsolo, devaneou:
 “o progresso eu acompanhei, para evitar a morte das árvores; mas eu mesmo trago um pouco das finadas florestas e matas pré-históricas ... e de animais pré-históricos ... e até os pré-humanos!”

Mas o telefone público, na sua sabedoria, explanou:
 “todos nós, cada um em sua linha de condução, temos nossa função social e importância para o futuro da humanidade.”

O relógio da praça, com um leve acelerar no compasso dos ponteiros, cogitou para consigo próprio: “eles mudam de forma e de lugar, mas sempre pensam o mesmo!”

o mesmo

João Paulo Santos Mourão / 2012.

amo o amor e ao mesmo tempo odeio - diálogo surreal citadino 2

(abre-se a caixa de diálogos...)

-- estudando muito, tudo?
vc é fãzona assim de foto tb quanto de música?

-- demaaaaaais
umrum

-- é...estudar arte e estudar pessoas, para viver culturalisticamente; nao é mole não moça.

-- eu amo o amor
e ao mesmo tempo o odeio

-- "ganhar dinheiro com poesia"; às vezes o Vinícius nos ensina com uma frase!

-- eu amo as pessoas e ao mesmo tempo as perfuro

-- porque que a gente é assim!?

-- eu quero rasgar meu cérebro como se fosse um papel velho
cheio de anotaçoes e borroes
ter dado um tiro no pé
a 11 meses atrás
que era pra nao conseguir andar, durante todo esse tempo
e poupar a dor que eu sinto agora

-- se seu coração está leve e sereno, seu cérebro está pesado e confuso ou o inverso... é sempre essa jogatina capital!
somos a moeda do amor
ele apenas nos usa
mas temos de nos dar e doar valor em amor, doutra maneira
e sermos autênticos
isso dói e dá reviravoltas
mas amar sempre é um jogo, nao podemos nos mutilar, nos degringolar ou nos remorsarmos; seríamos cúmplices da vaidade ou do erro do amor
ame e ame mesmo; ame e volte a amar; ame e deixe amar!
você também sofre tanto quanto quem se faz sofrer; as pessoas precisam entender os momentos umas das outras, isso é amor!
mas eu também nao gosto de falar como se fosse um boticário com receita de bolo de amor coraçãozinho frufru; o amor é mais real que qualquer outro sentimento, dele derivam vários

aliás, derivar é noção tb muito matemática
e amor nao é coraçãozinho piscando e virando equações de familiazinhas felizes e amorosas em adesivos de párachoque, ou vitrines de boutiques
amor é atitude e presença de espírito
amor é arte!

-- amei


-- pois é: amar/odiar, tem sempre sentido!
mas as atitudes harmonizam, algum momento; e a gente sente
o que é melhor para amar
as pessoas amadas se sentem, como almas ou seres gêmeos porém opostos

-- ando muito angustiada
;/

-- nós minha cara, nós;
eu me associo à sua angústia
porque perdi muito núltimos tempos para achar respostas simples ou não, mas respostas
por sorte ou destino ou acaso ou não, achei algumas perdi outras que andavam quase próximas
mas só quem nos responde somos nós; alguém pode até auxiliar
ou dar conselhos amorosos ( argh!) mas só você se entende tão bem consigo e por si mesma


-- eu tenho que ir
vou fazer uma cançao sobre nossa conversa


-- fique bem! escreva sobre isso!
esteja sempre à vontade!
e bons estudos!

(fecha-se a caixa de diálogos e salva-se o pensamento)


(de/com/por/para Cami Rabêlo, ativista cultural, "poetinha", compositora e cantora inspirada, além de uma das idealizadoras do endereço eletrônico Agenda Cultural The entre outras qualidades...)

J.P.S.M. NOV/2012

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sábado, 17 de novembro de 2012

THE RESENHANDO


The resenhando

Padeiro para mestre-garapeiro
Joalheiro para mestre-mineiro
Mensageiro para mestre-missionário
Sapateiro para mestre-alfaiate coureiro.
Segue o recado do marinheiro de rio para o polícia de terra.
Via aviador civil (não me erra!).

Bebendo cachaça;
Fazendo arruaça;
Virando mundiça!

Numa cidade onde sobra:
Terreno,
Serviço,
Ofício.

Fumando bobiça,
Cheirando carniça,
Armando desgraça!

Numa cidade onde sobra:
Prazo,
Tarefa,
Artifício.
(Estultício)
Ajunte ou consiga: mineral, metal, ouro, prata, cobre.
Tenência?
Corra atrás da víbora, lagarto, avoante, piau e lebre!
Coincidência?
Sinta (a)través da febre!
Convalescênça?
Troca de turnos atenção redobre!
Inconsciência?
O frevista encobre!
Confluência?
A sambista é nobre!
Resiliência?
O tangista é pobre!
Reminiscência...

Sim, se admita. (bis)
Endireitou, repita.
Só não apita!

(João Paulo Santos Mourão)
Teresina, Piauí, out/2012.

[com dedicatória especial aqui para a amiga Cami Rabêlo]

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Que festa?



Que Festa?

Festa...
Festa pra quê?
Festa pra quem?
Afinal

Festa, festa pra comemorarmos o quê?
O universo caótico e assim equilibrado?
As etnias mundiais terrenas que se digladiam matam e destroem?
Os povos nacionais que ora se eliminam pela força bruta ora pelas mentiras?
As comunidades que miseravelmente são estropiadas insensivelmente?

Festa, há ainda o que motive comemorar em festa?
Festa, há ainda quem mereça ir a festa?
Festa, há ainda quem comemore algo ou alguém em festa?
Enfim

Festa?
 Festejar como, se a alegria inexiste e o prêmio é sempre falso
Mais hora, menos hora; um festeja a desgraça do outro;
Vários poucos felizes festejam sobre as muitas únicas desgraças infelizes
Você festeja sobre a minha desgraça e vice-versa, ou revide-festa(!)
Eu abstenho-me de tripudiar sob a dor que já sinto e pressinto crescida
Você, decida-se; a quem tu serves, qual o teu servir, como é teu serviço?
Pois de festas ineficazes e tolas, a sociedade abastece-se com vícios
Vícios dependem de viciados; viciados vitimam a si, a outrem, a sociedades
E o ciclo de festas infestejáveis recicla novos-velhos festeiros farsificados




Festa ?
Esta festa de fazer com que pessoas que se gostam sejam enganadas por outras que as não gostam e assim as fazem desgostar-se umas às outras e ainda daqueles festins dos outros que acintam os uns para festa daqueles;
Tudo isso é motivo de festa aos que se gabam de gozar festa à toa.
Permita-me, todavia, dizer a vós, a quem quiser de vós ouvir-me: não consinto em festas irreais e afasto-me do falso, posto não suportar ver travestida de irrealidade uma comemoração qualquer inventada ao léu.
Mas não que me seja comum tristeza, desimportância à vida e aos seus viventes costumeiros seres; não significa achar assim apenas o mal amargor da vida e das criações de viventes insignificantes que somos para o grande aventurar do universo ou universos.
Penso que quando uma pessoa manifesta chateação, raiva ou agitação, esta sim me representa sentir e ter sentimento de algo na vida, não quem me manifesta apenas animação, gosto ou estabilidade, esta somente falseia e tem falsidade de tudo à vida que lhe foi concedida.
De sorte que, para não ser insensível também, hei hoje pensado, escrito e reprisado estas intenções à uma pessoa minha amiga, que por ventura do destino, do acaso ou do impossível de predizer, esteve um pouco mais agitada hoje que o usual e me disse umas poucas e não tão boas quanto a da expressão idiomática: diria eu ainda “melhores”, neste conotativo aspeado e superlativizado termo.
Mas em momento algum, eu resisti à tentação de dizer um gracejo, uma palavra feia ou mais “festiva” entre os mau-humorados e fazedores de festa com a desgraça alheia.
Felizmente, desisti de tentar uma explicação que só faria piorar os ânimos; sincera e delicadamente, resignei-me ao sacro e – dizem – sábio silêncio providencial do tempo e do espaço e da forma. Não discuto com quem gosto, se a pessoa não está merecedora de discussão em questão de outra alçada.
Infelizmente, não gosto todavia de ficar com a impaciente impressão de que a pessoa não entendera meu gesto e a qualquer momento poderá pensar diferentemente de mim, a me intentar mal, pensar erradamente de meus feitios, ou ainda pior: imaginar coisas improcedentes a meu respeito.
Por isto, de agora em diante, como autopunição social e que ela se note por todos, amplio minha promessa outrora jurada em secreto e declaro que meu sorridente ou meu entristecido semblante estará cada momento que passa mais distante das festas - especialmente as dos outros sobre a desgraça alheia conforme já sobremencionado.
 E minha rotina não chegará ao conhecimento de festeiros de última categoria pela desgraça minha, das pessoas de minha convivência e/ou quem quer que seja/esteja inteiro na amizade para comigo.
Termino, por ora, esta missivazinha que vai a quem interessar possa, a lembrar a mim mesmo: Festa? Festa pra quê? Pra quem? Por quê?
Festa, vossas senhorias, é não precisar de festas para sentir por um minúsculo instante a felicidade (qual uma gotícula de orvalho na terra semeada de porvires – no plural).
Festa, essa sim das que gosto de participar e partilhar, é o sempre estar em paz consigo, de corpo, alma, espírito, encarnado por inteiro, sensitivo ao insensível aos sentidos vagos, sem carecer de simulações ou artifícios vis.
Mas desta festa, devo dizer, prefiro não participar ou partilhar com quem dela não tome parte ou tenha participado a construir altruisticamente. Pois não entenderá, tampouco merecedor será do júbilo dela advindo.
Esta festa, senhorias, chama-se “cotidiano”; não fecha-se em cubículos ou grades ou paredes ou cúpulas. Apenas vive-se, não se comenta em vão.

Jotapê
17/11/2012.

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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Adeus e até outro plano caro sr. José Providência!


Nota de Pesar

02/10/2012 16:49
É com profundo pesar que a Universidade Federal do Piauí comunica o falecimento do servidor José da Providência Pinto de Carvalho, lotado no Departamento de Comunicação Social, no Centro de Ciências da Educação (CCE). Providência trabalhou como técnico no laboratório de fotografia e conviveu com boa parte dos jornalistas e comunicadores que se graduaram pela UFPI.
A UFPI, em especial o departamento de Comunicação Social, lamenta a imensurável perda, e irmana-se em luto com a família e amigos.
Fonte: www.ufpi.br
Charge de Dino Alves para José Providência: uma homenagem simples mas sincera

José Providência fôra nosso professor e técnico de fotografia na universidade; com ele aprendi os primórdios em termos de enquadramento e uso de equipamentos analógicos e digitais.

Registro aqui um profundo agradecimento a êle em suas sinceras exposições sobre fotojornalismo e também sobre a filosofia de vida mesmo.

Um causo que gostaria de deixar como reporte da lembrança aqui. Em uma das aulas práticas de foto, todo mundo passa pelo dia da revelação (desde a latinha camara escura ao digital) e neste dia, era para estarmos lá às 8:00h em ponto. Chegamos eu e meu amigo de turma e de sempre Marco. Faltavam ainda o Flávio e o Rafael. Ele soltou a perolizada frase: "Aonde é que estão os outros calhordas? Será que quando vocês se formarem os eventos vão esperar por vocês também?" algo parecido com isto. Ali caiu a ficha e a gente não sabia se ria ou se ficava sério. Mas ele esperou os demais chegarem, o Sinclair riu amarelo conosco e foi um dia divertido e inesquecível, graças ao senso de profissionalismo do sr. José Providência. Nunca esqueço dos bomboms que ele gostava de apreciar e presentear os melhores da aula. Neste dia do professor, eis alguém que honrou a profissão com a dignidade de um artista piauiense.
 

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domingo, 30 de setembro de 2012

Márcio Menezes: escola do arranjo no instrumental


Márcio Menezes: escola do arranjo no instrumental

O Márcio Menezes:
um pequeno reporte se segue:

fui à sua loja que é também estúdio, casa e escritório
 (é difícil resumir o que este artista é: sem papas na língua)
logo me fala da carreira, das contas indevidas a pagar pelos maus serviços de telefonia-conexão,
de sua vida enquanto artista - as mulheres, amigos/amigas, inimigos/inimigas, os cenários musicais e suas épocas, amadorismo convivendo com profissionalismo, pessoas chatas e pessoas bacanas, de passar por incompreendido por causa de parentes, familiares e pessoas próximas que não entendem a dificuldade dos projetos de vida porque passa o artista, o negócio com música, trabalhos vários, etc.
E tudo isso enquanto atende um cliente seu, falando duma guitarra boa que tem pra vender, de tirar um som com o cara pra provar e testar o que havia dito, de sacanear idiotas que nao sabem sequer o que fazer com um instrumento que dirá cantando, de afirmar que nem de zuada gosta, de evitar o entreguismo de alguns ao copiarem-se demais musicalmente, e tocando a guitarra, ajustando a caixa de som, um professor sem aquela formalidade doida.
muito sincero, sem falsidade para aparecer diferente aos outros, ele fala do trabalho "nem de zuada eu gosto"(trabalho novo) com muita propriedade e do trabalho "todo sentimento" (que deve apresentar clássicos numa versão standard como ele me explicara).
Falou do tempo da Escola Pro Música, do Bumba Jazz (trabalho do ano 2000, indicado ao prêmio Sharp), da labuta com o Estudio desde 1993, da Bumba Records em meados da década de 2000 (2004 ou 2005) e de como é uma aventura às vezes ideogramática decifrar a melhor maneira de produzir e arranjar novos artistas, especialmente algo que está tão em voga se chamar de "autoral" - porque vivemos num país de meros reintérpretes achando que são o novo do novo...

mas prefiro de Márcio Menezes é falando assim quando convidei-o pra saber como seria para tê-lo numa entrevista sobre instrumental na fm universitária em que estou:
"rapaz, mas eu vou falar o que eu penso ou vai rolar aquela censura velada; porque eu vou descer o cacete num bocado de coisas que estão erradas, vou incomodar gente aí, ... vou ter que dizer!"
eu pensei comigo: pronto, finalmente alguém que vai arrebentar na entrevista e não só na música ensaiada!
Porém, melhor do que eu ter ouvido e vivido isso, era poder ter mostrado a outros que não estiveram ali naquele momento. Mas tem coisas que são feitas para serem vividas enão meramente reportadas por um comunicador amador...



Aqui, Márcio Menezes "amansando um sax"

 
Eis aí os co-produtores de proezas: cordas, tubos, metais, caixas, teclados...
 
 
 
Trabalhos de Márcio Menezes:
você vai encontrar os trabalhos atuais melhor organizados em http://bumbarecords.blogspot.com.br/ (com o início e informações do selo)
lembrando que já tocou acompanhando ou acompanhado por grandes artistas pelos palcos brasileiros musicista de instrumental por inteiro, mas sempre misturando momentos de participações e trabalhos autorais
confira aí:
(Márcio Menezes - Bumba Jazz apresentação no INSTRUMENTAL SESC BRASIL - SESC SP)
e o canal da bumba records com alguns artistas produzidos pelo selo
.
 
 


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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Dinheiros do Brasil

Museu do Banco Central do Brasil
http://www.bcb.gov.br/?MUSEU

1ª família do Real (R$ 000,00)
http://www.novasnotas.bcb.gov.br/primeira-familia.html

2ª família do Real (R$ 000,00)
http://www.novasnotas.bcb.gov.br/segunda-familia.html

 Na verdade, também circulam para divulgação do momento de conquista da sede olímpica moedas comemorativas da entrega da bandeira olímpica com os valores de $1 e $5 reais. Confira:


Deveria haver, de acordo com colecionadores, críticos e saudosistas de todo o país (e até do exterior!) uma edição especial também da querida cédula de um real (R$ 1,00), que não mais foi impressa pela Casa da Moeda do Brasil.
Mas faz jus o desaparecimento desta relíquia: o Beija-flor nela impresso também anda muito sumido de nosso meio... 

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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

A vida em primeiro lugar - maioridade do Grito dos Excluídos

São tantas as exclusões
que o educador social
 - o militante popular -
sente a pressão sobre si
e é motivado a protestar
em já mal-quista maioridade;
e tem a vergonha em rosto;
de ser rebeldemente honesto
em um meio desumano
em que faltam:
dignidade,
ordem
e
progresso.

Setes de setembros
noves fora
dois dois
em miloitocentos
e
mais
unada.

(para Ozirene Leal, em Queimada Nova-PI, por seu trabalho junto a remanescentes indígenas,
representativa de todos/as que militam por direitos sociais e humanos nas trincas do chão sêco piauipora.
E por extensão a todos/as na missão pela vida em primeiro lugar neste chão.)

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sexta-feira, 31 de agosto de 2012




Jornalismo universitário quando ainda eu era datilógrafo amador: era puro dadaísmo puro!
 Tal qual estas imagens do movimento-manifesto-meticulografia dadá (tsctsctsc sorriso entrementes, risos entredentes, sisos incontentes ¦ ¡¿ h~m h~m h~m h-m fº1 fº2 fº3 qç´ fº4 ?! ¦etc cade a tecla tab que volta ? ah computador máquina fajuta! você apaga registros importantes ao poeta comunicante! )

Perguntas sobre a poesia


Um dia me perguntaram
:: se já escrevi poesia ::

Sóbria e naturalmente dou-me duas respostas:
Aos pobres de espírito, pessoas comuns, eu digo que sim;
Faço uma ou outra poesia, ao bel prazer da inspiração e do dia (desperto).
Aos ricos de espírito, pessoas incomuns, eu digo que não;
Traço um ou outro pensamento, ao bel saber da reflexão e da noite (insone).
Portanto, fica explícita a razão pela qual vivo a dizer-lhes:
Para alguns, aquilo é apenas tinta derramada sobre um papel qualquer;
Aos outros, o que há é um texto e serve para (re) começar a pensar.
De minha opinião, faço tão somente o meu trabalho: comunicar...

(isso foi depois de um excelente professor universitário me perguntar no 1º dia de sua aula se alguém ali fazia poesia; porém, como bom dadaísta "inato" pensei este texto, rabisquei - o naquele instante, mas nunca mostrei pra ninguém pois pensei ser pedante ou incongruente de minha parte para com o social academicista momento; mas a minha resposta no momento a êle? Fora assim a resposta naquele presente recorte de tempo humano: - ora professor, faço sim, quem não faz poesia... não é mesmo?)

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terça-feira, 21 de agosto de 2012

Cineclube Olho Mágico UFPI Programação 2012.2

Programação 2º semestre 2012 Cineclube Olho Mágico UFPI! 
Já estivemos com o 1º filme Estorvo exibido com ótima repercussão entre os cinespectadores.
Participe seja divulgando, seja comparecendo, seja criticando;
 é um momento de descontrair os nervos e aguçar a cultura fílmica. 

Informações:  http://www.cineclube-olhomagico.blogspot.com.br

---------- Mensagem encaminhada ----------

Destinatário/a: 
Você, pessoa amante das letras e das cenas!
Assunto: cineclube Olho Mágico

PROGRAMAÇÃO CINECLUBE OLHO MÁGICO

UFPI-ADUFPI- SEMESTRE 2012.2


PROGRAMADORES: 
Luciana Soares, Eduardo Sousa da Silva, Alfredo Werney, Lila Luz, Alderon Marques, Alberto Salviano

CICLO: Cinema e Literatura


21 de Agosto- Noite de estréia.
Com apresentação do músico e professor Alfredo Werney.
Horário: 18:30h
1º- Filme Estorvo
Diretor: Ruy Guerra
Baseado no livro “Estorvo” de Chico Buarque
Duração: 95 minutos
Depois de uma noite mal dormida, o protagonista (Eu) acorda com a campainha da porta tocando insistentemente. Pelo olho mágico, vê um desconhecido que lhe lembra alguém que não consegue identificar. Não sabe por que aquele homem está ali, nem o que pode querer, mas tem uma certeza imediata; ele representa uma ameaça para sua vida. Veste-se às pressas, aproveita uma distração do visitante e consegue escapar. Mas, não tem a menor dúvida de que o desconhecido se lançou no seu encalço e que o pesadelo apenas começou. E assim, inicia-se uma alucinante perseguição através da cidade.

28 de Agosto. Horário: 18:30h
2º- Filme: Fahrenheit 451.
Diretor: François Truffaut
Baseado no livro “Fahrenheit 451” de Ray Bradbury
Duração: 112 minutos
Em um Estado totalitário em um futuro próximo, os "bombeiros" têm como função principal queimar qualquer tipo de material impresso, pois foi convencionado que literatura um propagador da infelicidade. Mas Montag (Oskar Werner), um bombeiro, começa a questionar tal linha de raciocínio quando vê uma mulher preferir ser queimada com sua vasta biblioteca ao invés de permanecer viva.

04 de Setembro. Horário: 18:30h
3º- Filme: Abril Despedaçado.
Diretor: Walter Salles
Baseado no livro “Abril Despedaçado” de Ismail Kadaré
Duração: 105 minutos
Abril 1910 - Na geografia desértica do sertão brasileiro, uma camisa manchada de sangue balança com o vento. Tonho, filho do meio da família Breves, é impelido pelo pai a vingar a morte do seu irmão mais velho, vítima de uma luta ancestral entre famílias pela posse da terra.

10 de Setembro (segunda- feira). Horário: 18:30h
Observação: A partir desse dia as exibições acontecerão às segundas.
4º- Filme: Trono Manchado de Sangue
Diretor: Akira Kurosawa
Baseado na obra “Macbeth” de Shakespeare
Duração: 105 minutos

Conta a história de Washizu e Miki, dois samurais que, durante uma missão, tem uma visão sobre uma velha senhora no meio da floresta. Ela profetiza um ambicioso futuro, o que faz com que os samurais fiquem com isso na cabeça e, inconscientemente, comecem a agir para que ele se torne realidade. Sangrentas guerras, ambição e loucuras se entrelaçam perfeitamente em um dos melhores filmes do mestre Kurosawa.
Fonte: www. interfilmes.com

17 de Setembro (segunda- feira). Horário: 18:30h.
5º- Filme: As Vinhas da Ira
Diretor: John Ford
Baseado na obra “As Vinhas da Ira” de John Steinbeck
Duração: 128 minutos
Fala sobre a história de uma família de trabalhadores rurais pobre durante a Grande Depressão de 29. Buscando oportunidades de uma vida melhor, Tom Joad (Henry Fonda), após cumprir pena, leva sua família em uma pequena caminhonete, de Oklahoma para a Califórnia, onde dizem ser um lugar mais próspero e de maiores oportunidades. Durante a viagem eles se deparam com a nova realidade, ao mesmo tempo que descobrem que o lugar onde estão indo pode ser pior do que o que deixaram para trás.
Fonte: www.cineplayers.com


24 de Setembro (segunda- feira). Horário: 18:30h.
6º- Filme: Jangada de Pedra
Diretor: George Sluizer
Baseado na obra “Jangada de Pedra” de José Saramago
Duração: 103 minutos
Conta a história ficcional da separação geográfica da Península Ibérica do restante do continente europeu.Na sequência de um abalo de terra que nenhum sismógrafo registrou, uma fenda enorme aparece na crosta terrestre ao longo da fronteira entre Espanha e França. Vários acontecimentos, à volta da jangada de pedra, parecem ter apenas uma finalidade: fazer com que estas pessoas se encontrem, desvendando pelo caminho, inesperados enigmas!

01 de Outubro (segunda- feira). Horário: 18:30h.
7º- Filme: O Processo
Diretor: Orson Welles
Baseado na obra “O Processo” de Franz Kafka
Duração: 105 minutos
Joseph K. (Anthony Perkins) é um homem reservado, que vive na pensão da senhora Grubach (Madeleine Robinson) e se dá bem com todos os demais moradores do local. Um dia ele é acordado por um inspetor de polícia (Arnoldo Foà), que lhe informa que está preso, mas não o leva sob custódia. Durante o processo Joseph segue com suas atividades normais, tendo apenas que ficar à disposição das autoridades a qualquer hora do dia. Incomodado por não saber do que está sendo acusado, ele decide investigar em busca de uma resposta.

08 de Outubro (segunda- feira). Horário: 18:30h.
8º- Filme: Madame Bovary
Diretor: Claude Chabrol
Baseado na obra “Madame Bovary” de Gustave Flaubert
Duração: 137 minutos
Na França do séc XIX, Emma Bovary (Isabelle Huppert) vive entediada. Para sair da casa do pai, ela se casa com um médico (Jean- François Balmer), mas logo se cansa da vida sem emoções e vai buscar em amantes uma válvula de escape.
Fonte: Coleção Folha Cine Europeu, nº18.

15 de Outubro (segunda- feira). Horário: 18:30h
9º- Filme: Dom Quixote
Diretor: Georg Wilhelm Pabst
Baseado na obra “Dom Quixote” de Cervantes
Duração: 83 minutos
Filme musical cheio de fantasia que conta a clássica história de Miguel de Cervantes de Alonso Quixanda, um espanhol que leva ao extremo a sua paixão de criança, aos dias de cavaleiros e aventuras. Alonso está tão obcecado pelas histórias de cavaleiros e donzelas, que renega todos os seus bens e passa a chamar-se Don Quixote De La Mancha, aprtindo à procura de aventura, montado no seu cansado cavalo Rocinante e acompanhado pelo seu escudeiro, Sancho Pança. Vivendo muitas aventuras nascidas, na sua ilusão, Don Quixote combate o seu grande inimigo, o feiticeiro Malfatto, atéque a sua família decide fazê-lo regressar para casa, traçando um plano que envolve os habitantes da sua cidade, esperando que ma boa dose de fantaisa o faça cair na realidade.

22 de Outubro (segunda- feira). Horário: 18:30h
10º- Filme: Escravos do Rancor
Diretor: Luis Buñuel
Baseado na obra “Morro dos Ventos Uivantes” de Emily Bronte
Duração: 91 minutos
No México rural do século XIX, Alejandro reencontra Catalina, o grande amor de sua vida, casada com um rico latifundiário. Loucamente apaixonado, propõe a Catalina que fujam juntos, mas ela se nega. Então, Alejandro cai nos braços de Isabel, mas não encontra consolo. Seu destino parece estar ligado, tragicamente, ao de Catalina.


29 de Outubro (segunda- feira). Horário: 18:30h
11º- Filme: Menino de Engenho
Diretor: Walter Lima Jr.
Baseado na obra “Menino de Engenho” de José Lins do Rego
Duração: 110 minutos
Após a morte da mãe, o menino Carlinhos (Sávio Rolim) é enviado para o engenho Santa Rosa para ser criado pelo avô e pelos tios. Lá ele testemunha a chegada de um novo tempo, com o advento das modernas usinas de açúcar e as transformações econômicas e sociais pelas quais passa a produção canavieira, mudanças que irão afetar a vida de todos. Quando ele cresce e vai para o colégio, já não é mais o garoto ingênuo e inocente que chegou no engenho.

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sábado, 21 de julho de 2012

Cybereducação para não materialistas


CyberEducação para não materialistas João Paulo Santos Mourão; colab:  i mello

(para Neo, Trinity e Morpheus, com os cumprimentos de toda a vida humana em Zion)

Azul é zero(0); vermelho é um(1) [ não mencionarei aqui a pílula verde (-1) e a amarela (-0) ]

Energia.

 Desliga/liga.

 Senha (blogspirit)/entra.

A máquina está sendo inicializada... ... ... ___ ___ ___         (você está dentro, anônimo!)

 As atualizações de seu computador estão prontas!

 Clique aqui para instalá-las!

 Baixando as atualizações/ Fechar caixa de diálogo quando o salvamento do arquivo for concluído.

 O computador baixou as instalações com êxito!

Reiniciar agora? Ok (0K = Zero Killed)

Não desligue ou desconecte o seu computador.

Ele reiniciará automaticamente. ... ... ... ___ ___ ___        (fuja imediatamente, anônimo!)

Seu computador foi reiniciado com êxito! O que deseja fazer agora?

(Conectar, anônimo! Conectando... ... ... ___ ___ ___       Você está conectado! )

Salvar página com... ( seu programa de trabalho)

(Arquivo “Salvo”; anônimo, acelere seu sistema!) .

Particionar disco e Criar disco de auto-recuperação. Apagar falhas com o programa ... (escolha o programa!).

Partição e disco de auto-recuperação realizados com êxito!

Abrir arquivo Neo Documento! (O antídoto e as vacinas imunonaturais estão atualizadas!)

Continuar ...

Digitar: C://CD_MENU_SET UP.EXE* (tetradracmaepif is the swordfish)

Formatar agora? (S) ou (N)? (S); {opções avançadas} apenas unidade C://DIR. e parâmetros de configuração antigos)!

Formatação concluída com êxito! O computador está pronto para uso! Ok!

Piauinternet ®
estação metropolitana de infoviários therezina



estação da rede federal infoferroviária sociedade anônima mediumnorth

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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Comunicação Universitária - outras aventuras, outras problemáticas

Fazer comunicação? Ah, é muito fácil, moleza, tranquilex, simples demais, de boa, ja é, ...! (entre outras gírias, expressões e jargões)
É? Mas é mesmo? Não na universidade piauiense (expressão aqui tomada em sentido lato, generalístico).

 Digo universidade que é por onde ando e tenho vivido academicamente os últimos recentes anos meus com os(as) melhores, mais engajados(as) academicamente e mais bem intencionados(as) professores(as) de comunicação que se possa imaginar. E digo isto mesmo depois de muitas pessoas me criticarem à minha ausência, porque mesmo a crítica ausente, se bem empregada, é útil ao criticado; quem não sabe ouvir crítica, não pode se atrever a fazer crítica. Portanto digo e repito mesmo: temos alguns dos melhores professores e professoras de comunicação deste país, talvez da América latina, aqui no Piauí. Só não são divulgados cientificamente tampouco socialmente pela sua universidade - esta parcela da sociedade que detém a primazia de constatar com acerto e fazer o saber ser descoberto a quem interessar possa.

O único problema é: vivemos num piauiense estado de coisas, estado este que nos lega aos novos e interessados pedagogos da comunicação apenas baús de amadorismo, comodismo, corporativismo, indicalismo (da já conhecida expressão de lobby "quem indica quem" - podendo-se aí até apresentar em sequencia um lide: quem? onde? quando? por quê? para quê? quanto? Em quais circunstâncias? Por causa de quem?A fim de quê consequências? etc. que um bom parágrafo jornalístico pode ter) de fora para dentro da universidade - isso muito independente de questões de crença, ideologia, partido, gênero, raça, etnia, ... enfim, essas categorias todas são ofuscadas e sobrepujadas pelo " infelizmente quem está no poder lá em cima em Brasília e os acima destes encimados que os comandam nos deixam sob estas condições apáticas, 'amóveis' e inertes."

Há alguns posts, falávamos do problemão que é articular, mobilizar, etc. e comunicar também. Que fazer alguém chamado "consciência coletiva" convergir para algo do "interesse geral" da maioria dentre a minoria que somos neste estado de coisas piauiense é algo a beirar o utópico.

Hoje, "só quero dizer o que pode dar certo". Fala-se bastantemente em agenda positiva e agenda negativa na mídia, além da agenda neutra. Aliás a neutralidade (não confundir com passividade ou entreguismo) que nada mais é do que permitir às vozes, imagens, documentos e testemunhas ou fontes que falem cada uma de seu lugar está muito em desuso por essa nova geração (digo a geração pós implantação do curso em faculdades/universidades e cursos de pós graduação e doutorado mesmo!). A parcialidade que também não passa da sobrevalorização de determinado lado no caso em apuração esta é que é a tal. Olha é o cúmulo do comodismo, a matéria premeditada ao extremo, o assunto unilateral, a cobertura parcial, etc. Dizem até alguns professores(as): "Então você ainda é ingênuo de acreditar em neutralidade e imparcialidade? Vá pros ******** "

A tal agenda positiva já tem mídia demais. E mesmo os gestores, comerciários, empresários, industriais, ... universitários, precisam saber lidar com as mídias. Muitos midiatas e efígies de uma época não mais alcançam a comunicação em suas formas ou móbiles contemporâneos. Muito poucos se deram ao trabalho de reciclar-se, atualizar-se, reaprender-se, mesmo aderir aos novos meios e mensagens.

Por outro lado os novos não sabem sequer se expressar em bilhetes virtuais na língua vernácula, tampouco em mídias mais formais a sua tentativa de jornalismo. Digo tentativa porque eles não conseguem nem entender que só fazem assessoria, relações públicas e marketing misturado com má propaganda e publicidade (ferindo inclusive a esfera de atuação de seus outros colegas de profissão, num mix venenoso à vida comunicacional).

Para concluir sem terminar, vou seguir dizendo que se a universidade - que é um dos pólos de melhoramento da dimensão social por meio de suas descobertas científicas e correlatas - não evoluir conforme os seus novos professores (as), esta geração ainda vai sofrer muito retrocesso, muita decepção, muitas tristezas - até mesmo as abstratas de nível epistemológico e deontológico ...

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sexta-feira, 13 de julho de 2012

I Simpósio de Direitos Humanos e Cidadania - DiHuCi 2012




I Simpósio de Direitos Humanos e Cidadania

O Grupo de Estudo, Pesquisa e Extensão Direitos Humanos e Cidadania, vinculado a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação e a Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Piauí torna pública a abertura de inscrições para participação no I SIMPÓSIO DE DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA que será realizado nos dias 28 e 29 de agosto de 2012.
Informações: 

http://blogdihuci.blogspot.com.br/p/i-simposio-de-direitos-humanos-e.html

Sobre o grupo DIHUCI:


Direitos Humanos e Cidadania - DiHuCi

O Grupo Direitos Humanos e Cidadania-DIHUCI nasceu no dia 20 de agosto de 2010, com a Coordenação da Professora Doutora Maria Sueli Rodrigues de Sousa.O Programa possui duas vertentes de grupo de Pesquisa e Extensão: “Violência contra mulher e a Lei Maria da Penha numa perspectiva sócio-jurídica” e “Conhecimentos Tradicionais e Quilombolas e a conservação da biodiversidade piauiense numa perspectiva sócio-jurídica e Projeto de Extensão”. Atualmente, o Programa conta com vinte e um membros, divididos nos dois grupos. O Programa possui inúmeras publicações de artigos em encontros regionais e locais, dentre eles o I ENCOGEOMAS , o I Seminário de Extensão da UFPI e XI Simpósio de Produçao Científica e X Seminário de Iniciaçao Científica da UESPI.

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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Comunicação Universitária em tempos de paralisações grevistas

Ah, as paralisações e greves; processos sociais e políticos dignamente garantidos pela luta por justiça de muitos antepassados e alguns contemporâneos aos seres humanos das passadas, presentes, futuras gerações de cidadãos e cidadãs. Coisa linda de viver e aplaudir; seja em câmaras, senados, assembleias, tribunais, fóruns, praças, clubes sociais, e outros tantos locais de arregimentação de massas humanas...para o bem comum, sempre assim, não é mesmo?
No princípio, oba oba, corre corre, vamo que vamo, vambora vambora, já já... tudo parece conspirar junto e a favor, está todo mundo na "vibe" (como dizem repetitivamente uns colegas candidatos a poetantes da terra), no clima, no contexto, na dimensão, na ideia, na ação, em suma, na causa e na luta séria, compromissada.
Daqui a pouco, com o aparecimento de algumas adversidades, uns outrora muito à vontade pra fazer acontecer junto com seus pares e de peito aberto em arroubos de pseudomilitância, vão "trolando" (ainda pegando o gancho da rima daqueles poetantes citados), destruindo, minando, pelegando, esfriando, matando em suma o caráter verdadeiro de engajamento no movimento, repita-se, sério e compromissado em prol de se dedicar a outros problemas pessoais, familiares, profissionais, existenciais, enfim....esquecendo por completo dos problemas essenciais que motivaram e motivam todoas aqueles outros.
O que isso gera: desorientação e dispersão do movimento; e não precisa ser militante, politicólogo ou filósofo do poder para chegar a esta - que não é a única - ideia. Mas a constatação mesmo, e bem pior é esta: não existe um sequer movimento organizado dentro da universidade piauiense que não sofra com erros de poucos para o suplício de muitos. Não há, entendam-me, um comando pragmático-ideológico que não seja ofendido e abusado por indivíduos ou pequenas facções as quais engendram corruptelas, vícios e desgastes intencionais no processo. Isso sem comentarmos, obviamente, a ação de indiferentes mal intencionados, infiltrados, espias e agentes duplos, triplos....enfim, que já existem de praxe pra desintegrar os movimentos em seu princípio mesmo.
Outro detalhe da desmobilização, a meu entender, é que as pessoas com coragem, competência, atitude e compromisso de agir não mais estão observando, ouvindo, vendo, lendo, tocando, simpatizando, afiliando, aderindo, e principalmente, acreditando em alguns dos que compõem os movimentos; não só por antipatia pessoal, por inveja profissional, por ódio realizacional, por desinteresse em geral, ...não; estão desacreditados porque já estão fartos, cansados, carecas de saber quem são e o que fazem os falsos mandatários e os falsos representantes (também!). E já estão límpidos, nítidos, puros, plenos e sábios em sua convicção de que em movimentos assim, a radicalização é obrigação geral, não atributo ou qualidade exclusiva de determinadas parcelas pensantes ou cooptantes, como queiram, do movimento.
Nós não devemos ser obrigados a grevar da mesma forma, com as mesmas maneiras e modos de agir e pensar: isso sim é totalitarismo, facismo, nazismo, e não o trotskismo, leninismo, stalinismo, marxismo, engelismo... ou o washingtonismo, jeffersonismo, fordismo, taylorismo, keynesianismo, e tantos outros ismos, que só separam mais ainda as pessoas das formas de união que elas tanto precisam conseguir para realizar suas ações coletivas em prol, finalmente, do bem comum, familiar, pessoal, no bom sentido dos termos.
Contudo, uma questão reaparece instantaneamente: como tirar o movimento da cúpula dos povos representantes e trazer o enorme corpo de representados e representadas e outrem distantes, desinteressados, desacreditados, desarticulados, desacordados (esse último item, nos dois sentidos da palavra) para o movimento?
As desculpas e obstáculos apontados em intermináveis e cíclicas reuniões de comandos de mobilização estudantil, comandos locais de greve de professores, funcionários, coletivos de pesquisadores, associações de classe profissional, etc. ... são sempre as mesmas:
Ah... mas a comunicação está deixando muito a desejar; a informação está desagregada, o pessoal não está compreendendo nada. E se a gente não conseguir motivar e convencer as pessoas, ninguém aparece para organizar, ninguém se mobiliza, ninguém entende a reivindicação e tampouco repassa a mensagem ao grupo maior de convivas de classe ou meio. Aí o movimento, qualquer que seja, declina e destrói-se vergonhosamente. Vergonhosamente porque ele mesmo se aniquila, é autocensurado - para usar uma expressão que alguns colegas de jornalismo ambiental chamam no jargão de "podar-se". Quando você se poda, se mutila, se apodrece, a tendência é morrer.
Mas, sendo bem franco e tratando com frieza isonômica todas as boas iniciativas, como acreditar em estratégias de comunicação feitas por não comunicadores? Leiam-se aí jornalistas, publicitários e propagandistas, marqueteiros, assessores de imprensa, relações públicas, artistas de criação, etc. etc. etc.? Será que eles formam uma categoria desusada, estéril e desnecessária nesse processo de educomunicação?
Mas a esperança é a última que morre! Os provérbios populares são o que há de mais científico no mundo. Contrariando tendências, uma alma encorpada e de espírito ativo pode muito bem dizer isto de público, emitindo juízo de valor crítico - além de auto-crítico - informando essa concepção conjuntural local, aliás comunal ou grupal para ser mais específico.
E esta alma, que é humana e tem sentimentos, geralmente também é provida de bom senso e discernimento para evitar situações em que sua expressão seria preliminarmente oprimida, evitada ou rechaçada por quem saiba disto, dentre os já citados melindrosos "destruidores de movimento". Esta alma, que não é trouxa, o que faz?! Ela joga o jogo dos jogadores!? Ou em outras palavras, ela entra numa ciranda sem ser índio, ela entra numa roda sem ser quilombola, ela dança quadrilha sem ser branca brasileira?
Tsc TscTsc...: não, absolutamente não, entendam-me: ela faz o que um mineral, uma planta ou um animal ou qualquer outro ser deste planeta pode fazer para sobreviver e progredir: ela ajusta-se em sua conduta, ela adapta-se em seu comportamento, ela orienta-se em sua maneira de cientificar-se do mundo. Com isso, ela, distanciando-se (uma atitude científica, aliás) dos vícios e erros do sistema, pode pensar melhor em seu funcionamento holístico, e encontrar outras almas humanas que por outras vias também entenderam os vícios e erros do sistema. Logo, assim embasadas é tempo de ajudar e retomar de verdade o jogo, agora conhecendo as técnicas, as táticas, as estratégias, os blefes, as pistas e os truques. Aí sim, na minha compreensão, é possível jogar o jogo com quem já o joga de há muito e até com quem o inventou (pois já deu tempo chegar até esta alma também), mas não pela via "democrática" à brasileira e sim pela via social: a democracia do papel só copia o que o povo inventou ou inventa e se apropria, e os políticos discursam -sejam de qual partido forem (e mesmo os mais radicais, moderadores ou conservadores que estejam reticentes aqui, façam seu autoexame de consciência, porque eu o fiz, e o faça sem compromisso de assumir isto publicamente, mas faça, faça para consigo, no seu íntimo, faz bem à sua saúde intelectual e até biopsicossocial).
Torço para que os movimentos que espoucam atualmente dos movimentos estudantis primaristas, secundaristas, terceiranistas e de servidores brasileiros em geral tenham a sua própria filosofia, mas que eu possa ter expressado minha maneira de entender essa revolução nas escolas e ver se o povo realmente a fará nas ruas; pois só o povo é sábio e bastante em si o suficiente a emanar poder verdadeiro, sincero, legítimo, legal e truístico de proporções gerais, nacionais e internacionais. Os direitos humanos sim, para os humanos direitos; mas direitos não no papel, não no oficial; direitos na vida real, na realidade quotidiana de carne, osso e pressões por todos os lados.
Esse movimento precisa de comunicação alternativa, de alternativas de comunicação, ou será cegado, ensurdecido, emudecido e insensibilizado zigóticamente.


As Lamúrias de Sempre: 


Ah...
O celular quebrou;
a tela do mídia player pifou.
A câmera quebrou;
a tela do mídia player pifou.
O computador quebrou;
a tela do mídia player pifou.
Recuse; refute; resista; reaja!


Ah de que adianta! Fazer comunicação assim...
O pessoal fica todo pelegando, rebolando por aí, ninguém faz nada!


Que pessoa sois vós? Que pessoas são eles/elas?
Que universidade é esta, que universidades são estas?


Pegue um bloco de papel, registre isto!
Junte uma, duas ou três pessoas, pense coletivamente; isso não é crime nem tira pedaço!


Fortalecer o movimento conscientemente, ter conteúdo em essência e existência!
Arrotar educação é fácil, fácil; fazer e mostrar é que é preciso.
Movimente-se com razão, ação e emoção; atinja a prerrogativa de realizar o sonho verdadeiro.



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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Sintonia Jurídica: Direitos Fundamentais em debate!



15.05.2012 - Sintonia Jurídica - Professor Nelson Juliano Matos disse que Direitos Fundamentais significa cultura de Direitos

O primeiro programa Sintonia Jurídica foi ao ar pela Rádio FM Universitária (96,7 Mhz), nesta terça-feira, 15 de maio de 2012. O convidado para a abertura do programa foi o Professor Dr. Nelson Juliano Matos da Universidade Federal do Piauí.
No debate, uma verdadeira aula de Direitos, o professor afirmou que "é importante saber que os Direitos Fundamentais não se reduzem à lista que está na Constituição. Direitos Fundamentais siginifica uma cultura de Direitos. Se não tivermos uma cultura de Direitos, estes Direitos não se efetivarão. Significa, ainda, ter uma cultura de tolerância, respeitando o outro, mesmo quando este não pensa como nós. Toda a base do Direito funciona assim".
O programa Sintonia Jurídica vai ao ar todas as terças-feiras na FM Universitária (96,7 Mhz) e fica disponível em Podcast 24 horas na Radioweb Farolguia.com.
Produção: João Paulo Mourão e Renato Chaves;
Apresentação: Renato Chaves
Secretária de Produção: Maria de Lourdes




CONVITE À JUSTIÇA E A TODOS/AS INTERESSADOS NA ÁREA JURÍDICA:
ATENÇÃO! OUÇA, NA FM UNIVERSITÁRIA 96,7 TODA TERÇA-FEIRA ÀS 18:30H
PROGRAMA SINTONIA JURÍDICA: DIREITOS FUNDAMENTAIS EM DEBATE!

Caríssimos e caríssimas amigos/as da área do direito, da justiça especializada e militantes de direitos humanos e sociais.
Após intenso trabalho de articulação, mobilização e planejamento desde a época em que iniciamos com a parte de comunicação junto ao Comitê Estadual de Educação em Direitos Humanos do Piauí (CEEDH-PIAUÍ) apresentamos a vocês o resultado prático:

Um programa radiofônico pensado com, por, para e a quem faz justiça, cidadania e direito no Piauí, especificamente na grande Teresina. O programa SINTONIA JURÍDICA, que vai ao ar toda TERÇA-FEIRA ÀS 18:30H (SEIS E MEIA DA TARDE) NA FM UNIVERSITÁRIA 96,7 MHZ.

Abordando temas de interesse geral e especial, com conteúdo diferenciado, linguagem acessível e atualidade .
Também há espaço em aberto para conversarmos sobre apoios culturais, interprogramas de instituições e grupos parceiros, coberturas especiais, além de dicas pra comunidade em geral, universitária e profissional.

Vejam o Baner (imagem acima) do programa Sintonia Jurídica, direitos (e deveres!) fundamentais em debate. 

Ouçam, ao vivo na rádio Fm Universitária 96,7 sempre às TERÇAS 18:30H  ou podcast no site farolguia.com!

Sintam-se todos/as convidados a ouvir e participar conosco desse programa que vissa criar uma cultura de colóquios mais frequentes sobre os grandes temas da Justiça e dos Direitos, especialmente os Direitos Humanos fundamentais.

FAVOR DIFUNDIR E SOCIALIZAR ESTE EMAIL NOS SEUS CÍRCULOS.
MUITO OBRIGADO E AGUARDAMOS SUAS SUGESTÕES!

fone: 3237 1619 / email contato c/ público: radiofmuniversitaria@hotmail.com

Rádio Fm Universitária 96,7:
Para todo bom gosto!

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