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quinta-feira, 3 de maio de 2012

Filmes: Metrópolis; Roma, cidade aberta; A Classe Operária vai ao Paraíso

Opiniões sobre os filmes cineclubistas
 ciclo correntes estéticas do cinema 2012.1

Metrópolis
"Metrópolis" nos surpreende pela riqueza de técnica fílmica com que se revelou, numa época em que o saber fazer cinema era restrito e insipiente: efeitos fotográficos, maquetes, miniaturas e esculturas entre outros elementos como trilha sonora, verossimilhança contextual e filosofias de época consolidam a atmosfera visionária do progresso e seu colapso.

Roma, Cidade Aberta
"Roma, Cidade Aberta" conta uma história bem real sobre a resistência operária na urbe et orbe italiana, sob um pano de fundo característico da Europa na 2ª Grande Guerra Mundial: dos mais velhos até as crianças insurge a discordância com o estado de coisas nazifascista. um documentário em que a ficção se trata somente dos artistas, os quais tiveram de fazer as vezes dos personagens reais daquele momento.

A idade do Ouro
"A idade do Ouro" é surrealismo (e dadaísmo?) puro, mas sem perder a economia política do significante jamais: a questão de classes entre os excessos e excentricidades da burguesia versus a insanidade, proposital do enredo buñueliano, descortinam a libido, o insconsciente (coletivo ou não) e as pulsões num momento difícil das sociedades de massa dos meados (e meandros) da época.

A Classe Operária vai ao Paraíso
"A Classe Operária vai ao Paraíso" mostra a dialética do esclarecimento em carne e osso na figura do personagem Lulu, um operário que passa da confiança dos seus patrões ao movimento grevista em meio a um processo de profunda reflexão sobre a condição humana, a psique de trabalhadores sindicalizados em situação de crise de valores, os conflitos familiares-ideológicos, a transa terapêutica de Lulu, a experiência do pós-demissão e do pós-readmissão, etc.

Essas são minhas opiniões, cineclubista amador e que sirva de incentivo a quem quiser ver mais filmes no cineclube mais perto! Dos cineclubes é que surgem os melhores filmakers e documentaristas brasílicos.

dica: cineclube na ufpi toda semana, uma exibição, geralmente às terças! 
numa expressão: livreperenetransitoculturológico


Informe -se a seguir:

Site-blogue:
 http://www.cineclube-olhomagico.blogspot.com.br/


Acompanhe aí a programação e participe, indo e divulgando aos amigos(as)!

PROGRAMAÇÃO CINECLUBE OLHO MÁGICO-ADUFPI- SEMESTRE 2012.1

CICLO: Correntes Estéticas do Cinema

(Hoje) 03 de Abril- Noite de estréia. Horário: 18:30h
1º)Filme Metrópolis
Diretor: Fritz Lang
Alemanha, 1927

10 de Abril. Horário: 18:30h
2º)Filme: Roma, Cidade Aberta.
Diretor: Roberto Rossellini
Itália, 1945

17 de Abril. Horário: 18:30h
3º)Filme: A Idade do Ouro.
Diretor: Luis Buñuel.
França, 1930.

26 de Abril(quinta- feira). Horário: 18:30h
Sessão Extraordinária. Dia do trabalhador
4º)Filme: A Classe Operária vai ao Paraíso
Diretor: Elio Petri.
Itália, 1971.

Sessão Extraordinária.
Vivência criativa- Mediador: Pedro Osmar
(27 e 28 de Abril)

Reflexões com este poeta, compositor, cantor, artista plástico paraibano.

08 de Maio. Horário: 18:30h
5º)Filme: Os Incompreendidos
Diretor: François Truffaut
França, 1959.

15 de Maio. Horário: 18:30h
6º)Filme: Os Idiotas
Diretor: Lars Von Trier
Dinamarca, 1997.

22 de Maio. Horário: 18:30h
7º)Filme: Vidas Secas
Diretor: Nelson Pereira dos Santos
Brasil, 1963

29 de Maio. Horário: 18:30h
8º)Filme: Cliente Morto Não Paga
Diretor:CarlReiner

Entrada Gratuita! Capacidade para 50 pessoas sentadas!
No auditório da ADUFPI, Associação dos Docentes da UFPI; av. universitária Petrônio Portella, nº 391, bairro Ininga, próx. à UFPI! Pontualmente, às seis e meia da tarde! Contato: 32331110 / 32333012 / 88321590 (neste celular, falar com Luciana)

Atenção! Se você quer ser um programador do próximo ciclo, apareça e entre em contato com o cineclube!





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terça-feira, 1 de maio de 2012

Pseudo procedimento jurisdicional anônimo


(...)

Iniciada a sessão

Rol de Testemunhas:
Fulano de tal: ... censurado.
Beltrano de tal: ... censurado.
Sicrano de tal: ... censurado.
Tribuno da plebe rude ignara: ... peço tutela processual constitucional (pedido impedido).
Tribuno do patrício instruído: ... sem alegações, satisfeito vossa excelência.
Legislador da Câmara: ... acompanho vossa excelência.
Legislador do Senado: ... acompanho vossa excelência, também.
Juiz do Paço Provinciano: os senhores compreendem, relação sentimental com o acusado em assunto de segurança e sigilo comercial; testemunhas inservíveis aos autos do processo em julgamento. Determino nova audiência com novas testemunhas e provas.

(Dias depois...)

Nova testemunha

Mancebo de Berço Esplêndido: o acusado é meu servidor, cumpridor de seu trabalho, não furtou o bem; o bem estava sob a guarda do acusado durante ausência de minha pessoa em meu domicílio.
Dama de Rica Fortuna: o acusado é pessoa de bom proceder, de confiança da família e estava conforme citou a testemunha precedente com o bem sob sua guarda nas circunstâncias já expostas.
Doutor de Negócios Prósperos: o acusado tinha o bem sob sua guarda ao tempo da ausência do seu patrão exclusivamente para protegê-lo de terceiros e foi isto o que se deu.
Encarregado de Negócios Prósperos: o acusado foi fiel ao serviço a ele destinado e foi confundido por corruptelas alheias a sua ocupação praticadas por servidor outro, com documento de prova já arrolado nos autos do processo em julgamento e já processado e punido administrativamente, documentação esta também anexa ao processo .
Promotor: Era isto vossa excelência, sem mais alegações.
Juiz do Paço Provinciano: declaro acusado inocente, arquivem-se os presentes autos,  publique-se, registre-se, intime-se e cumpra-se.

Acusado à imprensa: Agora espero retomar a vida e nunca mais passar por tal humilhação.
Repórter da imprensa: O senhor não vai requerer as perdas e danos?
Acusado ao Repórter da imprensa: Vou pedir ao meu defensor que cuide disso numa arbitragem amistosa com um juiz de paz; se não houver bom termo e comum acordo nas minhas condições, requeiro as perdas e danos cumuladas ao constrangimento ilegal e demais irregularidades.
Repórter da imprensa: Por quê?
Acusado ao Repórter da imprensa: Porque quando é causa de justiça eu aprendi que o caminho mais correto é seguir a lei sagrada que o povo conhece: “Não julgueis para que não sejais vós também julgados; pois com a medida com que medirdes sereis vós também medidos.”

E não é que, dessa outra vez, houve acordo? Por que será? Alguma dúvida?

O conhecimento gera poder. O poder gera responsabilidade. A responsabilidade gera autoridade. A autoridade demanda sabedoria. A sabedoria requer equidade. A equidade leva à justiça. A justiça é a verdadeira lei. A lei vem de onde? A lei, para onde vai? 
A lei é a convenção e a transigência entre as partes e seus advogados sob a presidência do poder judiciário dentro das normas convencionadas em uma constituição aceita pelos provincianos ou em um contrato firmado, aceito e registrado na forma costumeira da província. A lei vem dos doutos entendedores de fazer e aplicar leis. A lei vai aos provincianos requisitores e cumpridores das leis. 
Quando um provinciano conhece a lei e há quem o acompanhe jurisdicionalmente, além de quem modere e fiscalize o processo, o direito acontece e gera conhecimento. A jurisprudência e a doutrina fecham e reabrem o ciclo. (Pois a lei é dinâmica, não é estática; a velocidade das leis mede a evolução dos povos)

Nem sempre o acusado é culpado, nem sempre é inocente. Mas a lei está aí para todos e todas; ninguém se escusa de cumprir a lei por alegar desconhecimento. E nulo é o crime sem prévia lei que o defina como tal. Sempre é pelo processo que se dirimem as divergências, ainda que seja arbitrado acordo – pois mesmo ele é homologado pelo processo judicial. Eis aí a lei. (numa visão processual constitucional internacional)
E os textos sagrados? Por que aparecem? Para ratificar, apenas com uma amostra, que eles também são legais, em todos os sentidos!
JPSM
13/04/2012. 

(...)

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